Serviços Farmacêuticos na Atenção Primária em Saúde

1. Periodicidade
Oferta ENSP - Demanda Institucional

2. Objetivo Geral
Capacitar farmacêuticos para a realização de serviços farmacêuticos voltados para o uso seguro de medicamentos e maximização dos seus resultados positivos através de um atendimento humanizado.

3. Objetivo Específico
- Estimular o entendimento a respeito do papel do farmacêutico no contexto de atenção básica à saúde, considerando o ambiente político e social, bem como as bases da estratégia de saúde da família;
- Abordar de forma teórico-prática os conceitos e as técnicas para a prática clínica, demonstrando a sua importância para melhor desenvolver atividades como orientação farmacêutica, acompanhamento farmacoterapêutico, identificação e prevenção de problemas relacionados a medicamentos, promoção do uso racional de medicamentos e outras atividades intrínsecas aos serviços farmacêuticos;
- Aprofundar o conhecimento a respeito das técnicas e práticas da atenção farmacêutica, apresentando ferramentas e habilidades que contribuam para o melhor exercício de serviços farmacêuticos;
- Preparar o aluno para formular a mais efetiva estratégia de intervenção e atuação, tanto na abordagem individual quanto coletiva, intra e extra muros, considerando o atendimento a pacientes e as relações interprofissionais e intersetoriais;
- Realizar busca bibliográfica em bases de dados com vistas à resolução de problemas específicos;
- Preparar o aluno para realizar identificação e seguimento de problemas relacionados aos medicamentos;
- Aperfeiçoar a abordagem farmacoterapêutica a respeito dos problemas de saúde prevalentes na população carioca.

4. Justificativa
Em primeiro lugar é necessário considerar as diretrizes expressas na Lei n.º 8.080/90, que regulamenta o Sistema Único de Saúde (SUS), e contempla a necessidade de organização de um sistema de formação de recursos humanos atendendo a todos os níveis de ensino, bem como a elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento de pessoal (Artigo 27, I).
A Assistência Farmacêutica é definida na Política Nacional específica, publicada pelo Conselho Nacional de Saúde, através da sua Resolução no 338/2004, como "um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional...". Esta iniciativa tem promovido a reorientação dos cursos de formação do farmacêutico para contemplar as temáticas necessárias a atuação profissional neste campo. Importante também ressaltar que recentemente, através da PORTARIA GM Nº 154, DE 24 DE JANEIRO DE 2008, o profissional farmacêutico foi habilitado a integrar os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF.
Assim, os farmacêuticos atualmente atuantes na rede de saúde municipal, certamente não foram preparados para o desempenho das ações mencionadas nessa definição, com raras exceções de profissionais que buscaram de forma independente por tais conhecimentos.
Por outro lado, a valorização das práticas da atenção primária em saúde, em particular com a decisão da Prefeitura do Rio de Janeiro de ampliar a cobertura da Estratégia da Saúde da Família no município, requer profissionais capacitados conhecedores da complexidade do campo da saúde. Para tal, devem ser capazes de utilizar com seu conhecimento específico e potencializar sua contribuição na equipe multiprofissional, desencadeando e apoiando ações intersetoriais.
A decisão de reorganizar a rede de atenção por meio das Organizações Sociais, amplia e dinamiza o quadro de pessoal, inclusive de farmacêuticos, suscitando a oportunidade de capacita-las com abordagem convergente às políticas locais.
É, portanto, necessário capacitar os farmacêuticos que estarão inseridos para que se possa otimizar os resultados finais da assistência, seja por meio do melhor emprego do medicamento, do acompanhamento de seus usuários, no apoio à decisão terapêutica com medicamentos ou alternativas, e na capacidade de interagir na equipe multiprofissional.

5. Concepção Pedagógica
O curso visa preparar os profissionais para a realidade sanitária e sócio econômica da população alvo. Para isto, faz-se importante que os alunos sejam capazes de conhecer e refletir criticamente tanto sobre os aspectos clínicos, como epidemiológicos e o conjunto de determinantes do processo saúde-doença. Devem ser capazes de agir, antes de tudo, como cidadãos e profissionais da saúde, mobilizando seu conhecimento específico para participar ativamente no conjunto da equipe de saúde.
O curso pretende basear-se em metodologias ativas de aprendizagem, como o ensino baseado em problemas e a discussão de casos. Os trabalhos práticos serão construídos a partir da realidade dos alunos, de forma que seus resultados, enriquecidos nos debates em sala de aula, possam ter impacto imediato em seu cotidiano. O espaço de discussão em grupo será privilegiado como método de consolidação do conhecimento, buscando preparar o aluno para o processo de decisão e construção coletiva do saber.
O curso vem sendo oferecido desde 2011, de maneira que podemos dizer que o modelo já foi suficientemente testado. Foi padronizado e validado um conjunto de materiais didáticos e foi treinado e certificado um grupo de multiplicadores; a cada nova turma, dois multiplicadores são escalados e trabalham todo o tempo juntos em sala de aula. A equipe de coordenação realiza supervisão estreita.

6. Sistema de Avaliação
Avaliação por meio de trabalho final realizado em grupo e apresentado como defesa oral de forma individual e impresso, apoiado em projeto de intervenção, trabalhos em grupo e participação em sala de aula e presença.
O curso ao final é avaliado pelos alunos, tomando por base formulário de avaliação do curso. Nesse momento, os alunos avaliam a dinâmica do curso, seu desempenho, infraestrutura oferecida e os docentes.

Conteudo não informado

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