Análise de Situações de Saúde - Leituras em COVID-19 (ENSP.04.724.1)

DETALHES

Disciplina de natureza Teórica de nível Doutorado, com carga horária de 60 horas e 2 créditos.

Número de vagas:
25
Período:
02/12/2020 a 03/03/2021
Pré-requisitos:
Sem pré-requisito.
Área(s) de Concentração:
Determinação dos Processos Saúde-Doença: Produção/Trabalho, Território e Direitos Humanos

HORÁRIO

Dia Início Fim
Quarta-feira 09:00 12:00
Quarta-feira 9h 12h

PROFESSORES

Nome
Carlos Machado de Freitas
Christovam de Castro Barcellos Neto
Marcel de Moraes Pedroso
Mônica de Avelar Figueiredo Mafra Magalhães
Raphael Mendonça Guimarães
Rosely Magalhães de Oliveira

EMENTA

A disciplina tem como objetivo apresentar e capacitar os alunos em relação as abordagens teóricas e metodológicas para a análise de situações de saúde nas suas dimensões temporais (historicidade) e espaciais (território), no contexto da pandemia por COVID-19. As abordagens teóricas e metodológicas encontram-se ancoradas em conceitos sobre processos saúde e doença, território, ambiente e equidade. A metodologia será baseada em estudos de casos de análises de situações de saúde para a COVID-19 em cenários nacionais e internacionais, bem como exercícios que permitam aos alunos aprender e praticar a partir de temas-problemas em espaços de complexidade diversas ser adotados no processo didático-pedagógico. Os estudos de casos e exercícios envolverão a articulação de indicadores, relacionados com o processo de determinação, com a sua expressão empírica, em termos de condições particulares de vida e de saúde e serão desenvolvidos através de trabalho em grupos, laboratório de análise de dados situacionais e seminários, sempre centrados em análises de problemas mais relevantes na conjuntura sanitária atual. Categoria: Eletiva.

Informação sobre as aulas: Serão em formato remoto, pelo aplicativo Zoom.

Pré-requisito: Não há.

Número mínimo de alunos:05

Candidatos externos: Serão aceitos alunos dos programas stricto sensu da ENSP; alunos dos programas stricto sensu da FIOCRUZ; alunos de outros programas stricto sensu.

BIBLIOGRAFIA

Antunes, JLF; Cardoso, MRA. Uso da análise de séries temporais em estudos epidemiológicos. Epidemiol. Serv. Saúde, 24(3): 565-576; 2015

Auchincloss AH, Gebreab SY, Mair C, Diez Roux AV. A review of spatial methods in epidemiology, 2000-2010. Annu Rev Public Health. 2012; 33:107-22

Barata RB. Como e por que as desigualdades sociais fazem mal à saúde. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2009.

Barcellos CC, Sabroza PC, Peiter P, Rojas, LI. Organização espacial, saúde e qualidade de vida: análise espacial e uso de indicadores na avaliação de situação de saúde. Informe Epidemiológico do SUS. 2002; 11(3): 129-138.

Barreto, ML; Carmo, EH. Padrões de adoecimento e de morte da população brasileira: os renovados desafios para o Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva. 2007; 12(Sup): 1779-1790.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Abordagens espaciais na saúde pública / Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz; Simone M.Santos, Christovam Barcellos,organizadores. ? Brasília : Ministério da Saúde, 2006. (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Capacitação e Atualização em Geoprocessamento em Saúde; 1)

Candido DS, Claro IM, de Jesus JG, et al. Evolution and epidemic spread of SARS-CoV-2 in Brazil. Science. 2020;369(6508):1255-1260.

Carmo EH, Penna GO, Oliveira WK Emergências de saúde pública: conceito, caracterização, preparação e resposta. Estudos Avançados. 2008; 22(64), 19-32.

Castellanos PL. Análises de situación de salud de poblaciones. In: Navarro FM et al. (Org). Vigilância Epidemiológica. Madrid: McGraw-Hill/Interamericana, 2004, p. 193-213.

Castellanos PL. Epidemiologia, saúde pública, situação de saúde e condições de vida. Considerações conceituais. In: Condições de Vida e Situação de Saúde (Org. Rita Barradas Barata). Rio de Janeiro : ABRASCO, 1997, p 31-76

Castellanos PL. Sistemas nacionales de vigilância de la situacion de salud segun condiciones de vida y del impacto de las acciones de la salud y bienestar. Borrador: OPS/OMS.

Cavalcante JR, Cardoso-dos-Santos AC, Bremm JM et al. COVID-19 no Brasil: evolução da epidemia até a semana epidemiológica 20 de 2020. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2020; 29(4): e2020376.

Croda J, Oliveira WK, Frutuoso RL, et al. COVID-19 in Brazil: advantages of a socialized unified health system and preparation to contain cases. Rev Soc Bras Med Trop. 2020;53:e20200167. Published 2020 Apr 17. doi:10.1590/0037-8682-0167-2020

de Souza WM, Buss LF, Candido DDS, et al. Epidemiological and clinical characteristics of the COVID-19 epidemic in Brazil. Nat Hum Behav. 2020;4(8):856-865.

Freitas CM (Org.). Saúde ambiental - Guia básico para construção de indicadores. 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. v. 1. 128p. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_ambiental_guia_basico.pdf

Garbois JÁ, Sodre F, Dalbello-Araujo M. Da noção de determinação social à de determinantes sociais da saúde. Saúde debate. 2017; 41(112): 63-76.

Jannuzzi PM. Indicadores sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e aplicações. Campinas, SP; Alínea; 2009.

Karadag E. Increase in COVID-19 cases and case-fatality and case-recovery rates in Europe: A cross-temporal meta-analysis [published online ahead of print, 2020 May 21]. J Med Virol. 2020;10.1002/jmv.26035.

Kashnitsky I, Aburto JM. COVID-19 in unequally ageing European regions. World Dev. 2020; 136: 105170.

Latorre, MRDO; Cardoso, MRA. Análise de séries temporais em epidemiologia: uma introdução sobre os aspectos metodológicos. Rev. Bras. Epidemiol. 2001; 4(3): 145-152.

Lobo AP, Cardoso-Dos-Santos AC, Rocha MS, et al. COVID-19 epidemic in Brazil: Where are we at? Int J Infect Dis. 2020; 97:382-385.

Martinez EZ, Aragon DC, Nunes AA. Short-term forecasting of daily COVID-19 cases in Brazil by using the Holt?s model. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2020; 53: e20200283.

Moraes RF. Determinants of physical distancing during the covid-19 epidemic in Brazil: effects from mandatory rules, numbers of cases and duration of rules. Cien Saude Colet. 2020;25(9):3393-3400.

Nickel DA, Schneider IJC, Traebert J. Carga das doenças infecciosas relacionadas à pobreza no Brasil. In: Saúde Brasil 2013: uma análise de saúde e das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza. Brasília: Ministério da Saúde; pp. 227-254.

Nussbaumer-Streit B, Mayr V, Dobrescu AIulia, Chapman A, Persad E, Klerings I, Wagner G, Siebert U, Christof C, Zachariah C, Gartlehner G. Quarantine alone or in combination with other public health measures to control COVID‐19: a rapid review. Cochrane Database of Systematic Reviews 2020, Issue 4. Art. No.: CD013574.

Paim JS; Almeida-Filho N. Análise da situação de saúde: o que são necessidades e problemas de saúde? In: Paim JS; Almeida-Filho N (org). Saúde Coletiva: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Medbook, 2014. p. 29-39.

Penna GO, Silva JAA, Neto JC, Temporão JG, Pinto LF. PNAD COVID-19: A powerful new tool for Public Health Surveillance in Brazil. Ciência & Saúde Coletiva. 2020; 25(9), 3567-3571.

Prüss-Üstün, A; Wolf, J; Corvalán, C; Bos, R; and Neira, M. Preventing disease through healthy environments - a global assessment of the burden of disease from environmental risks. World Health Organization: Geneva, 2016.

RIPSA. Indicadores Básicos para a Saúde no Brasil. 2ª Edição. Ministério da Saúde ? OPS. Brasilia; 2008.

Rojas LI. La diferenciacion territorial de la salud em la recuperacion de los contextos. A Geografia e o Contexto dos Problemas de Saúde. Barcellos (org.) Rio de Janeiro: ABRASCO:ICICT:EPSJV, 2008. p.87-106.

Rojas, LI. Territorio y contextos en la salud de la población. Rev. Cubana de Salud Pública. 2008; 34(1): (obs: sem páginas, com leitura online)

Rushton G. Public health, GIS, and spatial analytic tools. Annu. Rev. Public Health. 2003; 24:43?56.

Samaja J. A reprodução social e a saúde. Salvador: Casa da Qualidade, 2000.

Samaja J. Desafíos a la epidemiología (pasos para una epidemiología "Miltoniana"). Rev. bras. epidemiol. 2003; 6(2): 105-120.

Singh RK, Rani M, Bhagavathula AS, et al. Prediction of the COVID-19 Pandemic for the Top 15 Affected Countries: Advanced Autoregressive Integrated Moving Average (ARIMA) Model. JMIR Public Health Surveill. 2020;6(2):e19115.

Souza MFM , Malta DC, França EB, Barreto ML. Transição da saúde e da doença no Brasil e nas Unidades Federadas durante os 30 anos do Sistema Único de Saúde. Ciência e Saúde Coletiva. 2018; 23(6): 1737-1750.

Teixeira MG, Costa MCN, Carmo EH, Oliveira WK, Penna GO. Vigilância em Saúde no SUS - construção, efeitos e perspectivas. Ciência e Saúde Coletiva. 2018; 23(6): 1811-1818.

Wilson RT, Hasanali SH, Sheikh M, Cramer S, Weinberg G, Firth A, Weiss SH, Soskolne CL. Challenges to the census: international trends and a need to consider public health benefits. Public Health. 2017; 28(151):87-97