Violência e domínios armados: reflexões sobre segurança pública e controle de armas no Estado de Direito, sob a perspectiva da Saúde Pública (ENSP.02.872.1)

DETALHES

Disciplina de natureza Teórica de nível Doutorado, com carga horária de 30 horas e 1 créditos.

Número de vagas:
20
Período:
17/03/2022 a 05/05/2022
Pré-requisitos:
Sem pré-requisito.
Área(s) de Concentração:
Sociedade, Violência e Saúde

HORÁRIO

Dia Início Fim
Quinta-feira 10h 12h

PROFESSORES

Nome
Fatima Regina Cecchetto
Fernanda Mendes Lages Ribeiro

EMENTA

Esta disciplina propõe-se a apresentar e discutir sobre alguns dos principais atravessamentos sócio-históricos relacionados à temática da violência armada, identificando desafios contemporâneos para sua compreensão e enfrentamento. Parte-se do pressuposto de que se trata de um problema complexo que deve ser analisado em seu contexto de produção, o que requer um olhar interdisciplinar e crítico sobre grupos armados com domínio de território, assim como legislações e dispositivos regulatórios sobre o uso de armas de fogo no estado de direito ou em contextos de exceção. Para tanto a proposta da disciplina está organizada por blocos temáticos: configurações sócio-históricas; racismo e violência estrutural; política anti-drogas; violência armada, conceito e categoria de análise; operações policiais especiais, atores sociais e agentes políticos; segurança pública, mortalidade por armas de fogo; impactos psicossociais sobre pessoas, profissionais, famílias, comunidades, territórios, serviços e políticas; resistências e enfrentamentos.

Categoria: Eletiva.

Pré-requisito: Não há.

Informação sobre as aulas: Serão em formato remoto, pelo aplicativo Zoom.

Candidatos externos: Serão aceitos Alunos de outros Programas de Strictu Sensu.

Vagas: Mínimo 05 e máximo 20.

A disciplina não ofertará vaga para Estágio em Docência.

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, S. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Justificando, 2019.

BANDEIRA, A.R. Armas para quê?: O uso de armas de fogo por civis no Brasil e no mundo, e o que isso tem a ver com a sua segurança. Leya, 2019

CAVALCANTI, M. Tiroteios, legibilidade e espaç̧o urbano: Notas etnográficas de uma favela carioca. Dilemas - Revista de Estudos de Conflito e Controle Social. 2008.

CECCHETTO, F, Muniz J, Insegurança pública: exceção como rotina, excepcionalidade como o normal no rio de janeiro, brasil. Ciênc. Saúde coletiva 26 (10). Out 2021.

CECCHETTO, F., MUNIZ. J., MONTEIRO, R. ?Basta tá do lado ? A construção social do envolvido com o crime. Cad. Crh 2018; 31,(82): 99-116.

CERQUEIRA, D. et al. Fórum brasileiro de segurança pública. Atlas da violência 2020.

Disponível em https://forumseguranca.org.br/publicacoes_posts/atlas-da-violencia-2020/ último acesso em 04.11.2021.

DE SOUZA, J., WILLADINO, R., NASCIMENTO, R., RODRIGUEZ, F. & FERNANDES, F. L., 2009, Brasília: Observatório deFavelas/International Labour Organization. 190 p

FAZZIONI, N. Tiro que mata, tiro que cura, tiro que fere. Revista antropolítica, n. 47, niterói, p.167-190, 2. Sem. 2019.

MINAYO, M.C. de S. e SOUZA, E.R. Violência e saúde como um campo de interdisciplinar de ação coletiva. História, Ciências e Saúde ? Manguinhos, IV (3), pp. 513- 531, fev. 1998.

MISSE, M. Mercados ilegais, redes de proteção e organização local do crime no rio de janeiro. Estud. Av. 2007; 21,(61), pp.139-157. Issn 1806-9592.

MOURÃO, B.; LEMGRUBER, J.; MUSUMECI, L.; RAMOS, S. Polícia, Justiça e Drogas: Como anda nossa democracia? Rio de Janeiro: CESeC, 2016.

MUNIZ. J., MIRANDA, A. ?Tá tudo dominado: domínios armados e governo de mercados ilegais?. Rio como Método. Ed. Universidade da Califórnia, 2019. Prelo.

RIBEIRO, F.M.L. et al. Sumário executivo. Violência armada e saúde: investigando os sentidos e os impactos da violência entre moradores e trabalhadores da saúde e da educação em manguinhos/rio de janeiro/rj ? estudo de caso. Claves/ensp/fiocruz, 2020. Disponível em https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43349. Acesso em 10.02.2021.