Esta linha de pesquisa envolve diferentes abordagens teóricas e metodológicas e tem como objetivo principal a produção de conhecimento que contribua para a melhora da efetividade, eficiência e qualidade de políticas, sistemas e programas de saúde. O desafio consiste em dar conta da complexidade que permeia e media as ações e intervenções no campo da saúde, assim como o alcance dos resultados. As investigações desta linha compreendem as etapas de definição e priorização de problemas, das intervenções e estratégias de abordagem escolhidas, seus determinantes, os recursos envolvidos, os resultados alcançados, esperados e não esperados, bem com a influência do contexto nos rumos de todo o processo, que inclui a formulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas e programas de saúde
Tendo como perspectiva subsidiar a formulação de políticas e a gestão de serviços de saúde, esta linha de pesquisa abrange estudos sobre a utilização, a qualidade e os custos dos serviços e tecnologias em saúde, bem como estudos de fatores que expliquem variações nesses aspectos. Na abordagem de qualidade, são consideradas as dimensões de eficácia, efetividade, eficiência, acesso, continuidade, segurança, equidade e adequação.
Esta linha de pesquisa realiza abordagens e investigações interdisciplinares sobre os problemas que emergem na construção e aplicação do conhecimento epidemiológico. É fundamental considerar que o conhecimento epidemiológico é essencial na configuração das práticas de saúde, tanto no sentido estrito da avaliação de hipóteses etiológicas e tecnologias médicas; como no sentido amplo da informação, comunicação, prevenção, promoção em saúde. Outro aspecto a se levar em conta é o da epidemiologia operar, além dos seus próprios conceitos, também conteúdos advindos de outros campos científicos. Os propósitos desta linha são: entender as implicações socioculturais das pesquisas epidemiológicas; estabelecer vínculos entre a epidemiologia e estudos sociais de ciência e tecnologia; estudar, em perspectiva histórica e filosófica, a origem e transformações do conceito saúde, doença, epidemia, risco, causalidade, responsabilidade.
O objetivo principal desta linha é estudar os determinantes sociais e ambientais de endemias, pautando-se em uma perspectiva que incorpora métodos e categorias de análise de diferentes disciplinas, como epidemiologia, ecologia, ciências sociais e geografia. Desenvolve estudos de situação de saúde, monitoramento de tendências e modelos de investigação sobre as relações entre desenvolvimento social, organização socioespacial e processos de produção e controle de doenças.
Considerando-se o processo de transformações demográficas, sobretudo quanto ao envelhecimento, e as modificações em seu padrão de saúde decorrentes de exposições ambientais, hábitos e comportamentos vinculados ao fenômeno de urbanização crescente, esta linha de pesquisa pretende estudar os efeitos vivenciados pela população brasileira na esfera das doenças cardiovasculares, do câncer, das causas externas e de outras doenças relacionadas.
O objetivo desta linha é o estudo quantitativo da dinâmica de transmissão de doenças infecciosas e parasitárias, além do desenvolvimento de métodos e desenhos de estudos epidemiológicos.
Orienta-se tanto para a análise das características e entraves à melhoria da qualidade das informações em saúde, das relações de poder e produção de saber que consubstanciam a Política Nacional de Informação em Saúde e dos princípios metodológicos e tecnológicos da Gestão da Informação em Saúde; quanto para a produção de informação na formulação, implementação e avaliação de políticas e intervenções na saúde.
Estuda o campo da informação em saúde, ancorando-se na teoria da informação e na noção de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. Provê subsídios para priorização de problemas de saúde e alocação de recursos, para análises da distribuição, acesso e uso de tecnologias e serviços de saúde. Faz uso expressivo de bases de dados secundários, incluindo a formulação de bancos de dados específicos. Incorpora conhecimentos da Epistemologia, Computação, Demografia, Epidemiologia e da Clínica, articulados ao Planejamento, Gestão e Avaliação de Sistemas e Serviços de Saúde, utilizando técnicas da Estatística e Pesquisa Operacional.
O principal objetivo desta linha de pesquisa é o uso de modelos quantitativos na análise de questões complexas, tais como o efeito contextual sobre o indivíduo, seja esse o local de residência ou de assistência médica, e as múltiplas medidas e respostas individuais, visando a uma melhor compreensão dos processos relacionando saúde e doença e assistência e populações, incluindo questões demográficas e de natureza ecológica.
Esta linha de pesquisa inclui estudos sobre a origem e evolução de doenças e infecções, da pré-história aos dias atuais. Consideram-se remanescentes de populações desaparecidas cujos vestígios trazem informações sobre aspectos de saúde, doença e adaptabilidade ao longo do tempo. Desenvolvem-se técnicas e métodos adequados à pesquisa em materiais arqueológicos. Busca-se entender como se sucederam as diversas patocenoses, em perspectiva evolutiva, até sua constituição na atualidade.
Esta linha inclui estudos tecnológicos e socioeconômicos que têm por objetivo alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental. São avaliados a qualidade dos compartimentos ambientais, assim como os impactos das atividades antropogênicas. Além disso, são desenvolvidos programas de educação ambiental para consolidar e propiciar a sustentabilidade de projetos e políticas públicas para o saneamento e metodologias de monitoramento participativo, utilizando a bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão em saúde ambiental.
Tanto o organismo fetal como o da criança apresentam características peculiares de maturação e desenvolvimento, que os diferenciam daquele do indivíduo adulto quanto à sua capacidade de interagir com o meio-ambiente circundante. Neste sentido, seus sistemas endócrino e imunológico encontram-se menos desenvolvidos, tornando a criança particularmente sensível às exposições ambientais. Desta maneira, a exposição à diversas substâncias químicas, aos metais pesados, à poluição do ar, à radiação, entre outros, pode acarretar efeitos importantes na infância, com repercussões imediatas e a longo prazo em seu estado de saúde. Esta linha de investigação tem como objetivo explorar os efeitos das diversas exposições ambientais durante o período intrauterino e na infância sobre a saúde, e desta maneira, contribuir para a formulação de propostas de intervenção a nível coletivo para o controle de danos a elas associados.
Tem como objetivo estudar os determinantes das condições de saúde e do acesso aos serviços de saúde da população materno-infantil, bem como identificar as condições da estrutura e processos implicados no atendimento à saúde deste grupo populacional. Nesta linha, foram desenvolvidos ou estão em desenvolvimento vários projetos de investigação sobre a gestação, prematuridade, baixo peso ao nascer, morbimortalidade materna e perinatal, avaliação dos serviços de pré-natal e de atendimento ao parto, saúde da criança e adolescente, utilizando dados primários ou oriundos dos Sistemas Nacionais de Informação.
Esta linha de pesquisa tem por objetivo descrever e analisar, através de pesquisas teóricas e empíricas, o quadro de saúde dos povos indígenas no Brasil e em outras regiões, abordando-o sob uma perspectiva histórica, antropológica e epidemiológica. Enfatiza a análise das mudanças socioeconômicas, culturais e ambientais sobre o processo saúde doença, bem como aos rumos das políticas públicas relacionadas à atenção à saúde desses povos.
Esta linha de pesquisa abrange temas da epidemiologia, das políticas sociais, da história dos saberes e das instituições no campo da Saúde Mental. Trata, com particular interesse, de pesquisas sobre a distribuição de transtornos mentais em grupos populacionais e seus fatores de risco, assim como de desenho, análise e meta-análise de ensaios clínicos em psiquiatria. Essa área também abrange as investigações sobre tendências recentes e contemporâneas de desinstitucionalização e reforma psiquiátrica, políticas públicas em saúde mental e assistência psiquiátrica, além das técnicas e tendências do planejamento, organização e gerência de serviços e sistemas de saúde mental.