Considerando-se o processo de transformações demográficas, sobretudo quanto ao envelhecimento, e as modificações em seu padrão de saúde decorrentes de exposições ambientais, hábitos e comportamentos vinculados ao fenômeno de urbanização crescente, esta linha de pesquisa pretende estudar os efeitos vivenciados pela população brasileira na esfera das doenças cardiovasculares, do câncer, das causas externas e de outras doenças relacionadas.
O objetivo desta linha é o estudo quantitativo da dinâmica de transmissão de doenças infecciosas e parasitárias, além do desenvolvimento de métodos e desenhos de estudos epidemiológicos.
Essa linha de pesquisa objetiva quantificar os diversos efeitos em populações humanas e na vida selvagem decorrentes da exposição a agentes ambientais. Nesta ótica, inclui a realização de estudos descritivos e observacionais integrando distintos campos do conhecimento, incluindo a epidemiologia, a toxicologia e as ciências biológicas.
Esta linha tem como marcos conceituais políticas públicas e estratégias de controle, prevenção e promoção da saúde, relacionada aos problemas de saúde ambiental. Agrega estudos voltados para a avaliação e gerenciamento de riscos, o mapeamento de vulnerabilidades ambientais e sociais, bem como a construção de indicadores em suas dimensões sociais, econômicas, tecnológicas, territoriais e ecológicas, dentre outras. Inclui análises das atividades produtivas, padrões de consumo e/ou passivos ambientais envolvendo riscos à saúde humana e aos ecossistemas. Adota uma perspectiva integrada e interdisciplinar, com o estímulo à participação dos diferentes atores sociais envolvidos nos problemas de saúde ambiental. Objetivando o entendimento dos processos de exposição ambiental, relacionando-os ao bem estar, à saúde e à doença, também envolve a construção de indicadores integrados de saúde e ambiente como ferramenta para a tomada de decisão, a promoção da saúde e o desenvolvimento de políticas públicas e ambientes saudáveis.
Esta linha inclui estudos tecnológicos e socioeconômicos que têm por objetivo alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental. São avaliados a qualidade dos compartimentos ambientais, assim como os impactos das atividades antropogênicas. Além disso, são desenvolvidos programas de educação ambiental para consolidar e propiciar a sustentabilidade de projetos e políticas públicas para o saneamento e metodologias de monitoramento participativo, utilizando a bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão em saúde ambiental.
Tanto o organismo fetal como o da criança apresentam características peculiares de maturação e desenvolvimento, que os diferenciam daquele do indivíduo adulto quanto à sua capacidade de interagir com o meio-ambiente circundante. Neste sentido, seus sistemas endócrino e imunológico encontram-se menos desenvolvidos, tornando a criança particularmente sensível às exposições ambientais. Desta maneira, a exposição à diversas substâncias químicas, aos metais pesados, à poluição do ar, à radiação, entre outros, pode acarretar efeitos importantes na infância, com repercussões imediatas e a longo prazo em seu estado de saúde. Esta linha de investigação tem como objetivo explorar os efeitos das diversas exposições ambientais durante o período intrauterino e na infância sobre a saúde, e desta maneira, contribuir para a formulação de propostas de intervenção a nível coletivo para o controle de danos a elas associados.
Esta linha de pesquisa centra-se na análise da toxicidade de fármacos, poluentes ambientais e substâncias naturais de interesse para a saúde pública. Inclui: (1) estudos de biotransformação de xenobióticos em doenças parasitárias e processos inflamatórios; (2) avaliação de segurança (toxicidade genética, reprodutiva e investigação da cinética dos fármacos) de medicamentos para doenças negligenciadas; (3) estudos dos efeitos de poluentes ambientais sobre organismos integrantes de ecossistemas aquáticos, com o desenvolvimento de biomonitoramento e biomarcadores de poluição de ambientes aquáticos; (4) avaliação da toxicidade reprodutiva, carcinogenicidade, toxicidade endócrina e toxicidade neurocomportamental de pesticidas e poluentes industriais; e (5) estudos toxicológicos de produtos naturais, considerando a avaliação do seus efeitos sobre enzimas de biotransformação de xenobióticos.