PROFESSORES

EMENTA

O conceito de Direitos Humanos. Saúde como direito humano. Questões de gênero e sexualidade no campo da saúde. A discussão de gênero e sexualidade na formação em Saúde Coletiva. Gênero como construção cultural. Corpo, gênero e sexualidade. Apresentar e discutir os principais marcos jurídicos relacionados aos direitos da população LGBTI+, em particular relacionados aos avanços e retrocessos nos poderes legislativo, judiciário e executivo brasileiros, como também em uma perspectiva internacional. Reconhecimento, direitos e processos de normalização. Identidade de gênero, orientação sexual, saúde, movimentos sociais e políticas públicas. A emergência dos direitos reprodutivos e dos direitos sexuais, a partir das lutas e discussões feministas e do campo LGBTI+. A emergência no contexto das conferências internacionais da importância da sexualidade e da equidade de gênero para a efetivação dos direitos humanos. A incorporação brasileira dos direitos sexuais e do direito à expressão de gênero nas políticas públicas, com ênfase na política de saúde. Aspectos psicossociais da cidadania. Estereótipo, preconceito, discriminação e humanização. Saúde como direito humano e política pública. Interseccionalidade em saúde. Tecnologias de gênero. Gênero, sexualidade e tecnologias. Heteronormatividade. Cisnormatividade. Neoconservadorismo. Ofensivas antigênero. Neoliberalismo. Necrobiopoder. Biopoder. Necropolítica. Reconhecimento. Humanidade. Desumanização.

Categoria: Eletiva.

Pré-requisito: Não há.

Informações sobre as aulas: Serão 8 encontros, as aulas serão presenciais e será utilizado complementarmente o Zoom como ferramentas/estratégias tecnológicas pelo coordenador da disciplina .

Candidatos externos: Serão aceitos Alunos dos Programas de Strictu Sensu da ENSP, Alunos de outros Programas de Strictu Sensu da FIOCRUZ, Alunos de outros Programas de Strictu Sensu, Alunos de cursos de Latu Sensu, Graduados .

Vagas: Mínimo 05 e máximo 30.

A disciplina ofertará 02 vagas para Estágio em Docência e não há pré-requisito.

BIBLIOGRAFIA

"AQUINO EM. Gênero e saúde: perfil e tendências da produção científica no Brasil. Revista de Saúde Publica, v. 40, 121-132, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000400017

BASTOS LC, LOPES LPM (Orgs.), Estudos da identidade ? entre saberes e práticas. Rio de Janeiro: Garamond , 2011.

BENTO B. Necrobiopoder: quem pode habitar o Estado-nação? Cadernos Pagu [online], n. 53, e185305, 2018, Disponível em: https://doi.org/10.1590/18094449201800530005

BORBA R. O (des)aprendizado de si: transexualidades, interação e cuidado em saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2016.

BUTLER J. Problemas de gênero ? feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CONNELL R, PEARSE R. Pesquisa sobre gênero: cinco exemplos. In:CONNELL R, PEARSE R (Orgs.), Gênero: uma perspectiva global (pp. 51-84). São Paulo: nVersos, 2015.

DEMÉTRIO F., BENSUSAN HN. O conhecimento dos outros: a defesa dos direitos humanos epistêmicos. Revista do CEAM, v. 5, n. 1, 110?124, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.5281/zenodo.3338716

FOUCAULT M. História da Sexualidade, v. 1. Rio de Janeiro: Graal, 2001.

GASPODINI IC, JESUS JG. Heterocentrismo e ciscentrismo: crenças de superioridade sobre orientação sexual, sexo e gênero. Revista Universo Psi, v. 1, n. 2, 33-51, 2020. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/343384299_Heterocentrismo_e_ciscentrismo_Crencas_de_superioridade_sobre_orientacao_sexual_sexo_e_genero

HARAWAY D. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, v. 5, 7-41, 1995. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773

HEILBORN ML et al. O aprendizado da sexualidade: reproduções e trajetórias sociais de jovens brasileiros. Rio de Janeiro: Garamond e Fiocruz, 2006.

IRINEU BA, OLIVEIRA BA. Proteção social e população LGBTI na América Latina: uma análise crítica das experiências do Brasil e do Uruguai. Revista Humanidades e Inovação, v.8, n. 39, 32-44, 2021. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/5735

JESUS JG. Medicina: uma ciência maligna? Debate psicopolítico sobre estereótipos e fatos. Revista Periódicus, v. 1, n. 5, 195?204, 2016. https://doi.org/10.9771/peri.v1i5.17187 JESUS JG. Ser cidadão ou escravo: repercussões psicossociais da cidadania. Crítica e Sociedade: revista de cultura política, v. 2, n. 1, 42-63, 2012. http://tinyurl.com/jsgx3hg

JUNQUEIRA RD. A invenção da ""ideologia de gênero"": a emergência de um cenário político-discursivo e a elaboração de uma retórica reacionária antigênero. Revista Psicologia Política, v. 18, n. 43, 449-502, 2018. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-549X2018000300004&lng=pt&nrm=iso

LOURO GL. Gênero, sexualidade e educação ? uma perspectiva pós-estruturalista. Rio de Janeiro: Vozes, 2014.

MELLO L., GONÇALVES E. Diferença e interseccionalidade: notas para pensar práticas em saúde. Revista Cronos: Revista do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da UFRN, v. 11, 163-173, 2012. https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/2157/pdf MONTEIRO S, VILELLA W. Estigma e saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2013.

OLIVEIRA, MHB, TELES N, CASARA RRR. Direitos humanos e saúde: reflexões e possibilidades de intervenção. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2021.

OLIVEIRA, Maria Helena Barros et al. Direitos humanos e saúde: 70 anos após a Declaração Universal dos Direitos Humanos, Reciis ? Revista Eletrônica Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, 12(4), 2018.

OYEWÙMÍ O. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

PEDRO, WJA. Gênero, tecnologia e envelhecimento: compartilhando experiências e reflexões. In: GALINDO D, LEMOS L (Orgs.), Gênero e tecnologias, tecnologias do gênero: estudos, pesquisas e poéticas interdisciplinares (pp. 117-134). Cuiabá: UFMT, 2012.

PRECIADO PB. Manifesto contrassexual. São Paulo: n-1 edições, 2014.

SCOTT J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, v. 20, n. 2, 71-99, 1995.

VILLELA W, MONTEIRO S, VARGAS E. A incorporação de novos temas e saberes nos estudos em saúde coletiva: o caso do uso da categoria gênero. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, n. 4, pp. 997-1006, 2009. Disponível em: em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000400002 "