PROFESSORES

EMENTA

Nesta edição do curso abordaremos aspectos da construção do conhecimento acerca da noção de corpo-território, suas origens, usos e aplicações, na relação com os conflitos e injustiças socioambientais, com a promoção da saúde e com feminismos e movimentos antirracistas descolonizadores. Serão apresentadas referências teórico-metodológicas constitutivas da noção de corpo-território, do pensamento feminista decolonial e da saúde coletiva. Focaremos na análise de experiências feministas múltiplas, agenciadas por mulheres plurais, sejam elas agricultoras agroecologistas, pescadoras artesanais, quilombolas, indígenas, quebradeiras de coco e babaçu dentre outras, debatendo as contribuições e os desafios das mesmas na promoção da saúde, do ambiente e do trabalho, colocando em debate sua articulação para a construção de redes de vigilância popular em saúde de base territorial.

Categoria: Eletiva - Curso de Inverno.

Pré-requisito: Não há.

Informações sobre as aulas: Serão 10 encontros - as aulas serão presenciais e será utilizado complementarmente o Zoom como ferramentas/estratégias tecnológicas pelo coordenador da disciplina.

Candidatos externos: Serão aceitos Alunos dos Programas de Strictu Sensu da ENSP, Alunos de outros Programas de Strictu Sensu da FIOCRUZ, Alunos de outros Programas de Strictu Sensu, Alunos de cursos de Latu Sensu, Graduados .

Vagas: Mínimo 05 e máximo 30.

A disciplina ofertará 01 vaga para Estágio em Docência e o pré-requisito é ser aluno de doutorado.

BIBLIOGRAFIA

"ACSELRAD, H; MELLO, C.C.A.; BEZERRA, G, N. O que é justiça ambiental. Rio de Janeiro, Garamond, 2009. BREILH, J. Epidemiologia crítica: ciência emancipadora e interculturalidade. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006, 317p. CABNAL, L. Acercamiento a la construcción de la propuesta de pensamiento epistémico de las mujeres indígenas feministas comunitarias de Abya Yala. In: Feminismos diversos: el feminismo comunitário, ACSUR, 2010, p. 11-25. CABNAL, L. Corps-territoire et territoire-terre: le féminisme communautaire au guatemala. Entretien avec Lorena Cabnal. In: https://www.cairn.inforevue-cahiersdu- genre-2015-2-page-73.htm. Acesso em 20 de set. 2019 CRUZ, D.T.; VÁZQUEZ, E.; RUALES, G.; BAYÓN, M.; GARCÍA-TORRES, M.. Mapeando el cuerpo territorio: guia metodológica para mujeres que difienden sus territorios. Autoría Colectiva: Colectivo Miradas Críticas del Territorio desde el Feminismo. Quito, Ecuador, 2017. FIOCRUZ. Sistematização do ciclo de encontros ASA-FIOCRUZ: territórios saudáveis e sustentáveis no semiárido brasileiro. Vigilância popular em saúde em tempos de pandemia. 2021. GILLIGAN, C; HOCHSCHILD, A; TRONTO, J. Contre l?indifférence des privilégies: à quoi sert le care. Payot. Paris; 2013. GOMES, W. S.; GURGEL, I.G.D.; FERNANDES, S. L. Determinação social da saúde numa co-munidade quilombola: análise com a matriz de processos críticos. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 143, p. 140-161, jan./abr. 2022. GOMES, W. S.; GURGEL, I.G.D.; FERNANDES, S. L. Saúde quilombola: percepções em saúde em um quilombo do agreste de Pernambuco/Brasil. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.30, n.3, p. 01-12, 2021. GUEVARA, M. L. A. A.; PUPO, A. Cuerpos que cuidan. Cuerpos que precisan de cuidados. Una reflexión de los días de pandemia. In: Garabely Heil Vázquez, Joseli Maria Silva, Karina Janz Woi-towicz. (org.). Vivências de mulheres no tempo e espaço da pandemia de Covid-19: perspectivas transacionais. 1ed.Curitiba: Editora CRV, 2021, p. 23-44. LUGONES, M. Rumo a um feminismo decolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, 22(3): 320, setembro-dezembro,2014, p. 935-952. MACHADO, C. G.; LUZ, V. G.; MARTINS, C. P. Processos (Trans)Formativos e Práticas de Cui-dado: Experiências de uma Residente Multiprofissional em Saúde Indígena. REVISTA SAÚDE EM REDES, v. 8, p. 85-101, 2022. MACHADO, J. M. H.; PORTO, M. F. S. Promoção da saúde e intersetorialidade: a experiência da vigilância em saúde do trabalhador na construção de redes. Epidemiologia e Serviços de Saúde nº12, 2003, p.121?130. MIES, M.; SHIVA, V. Ecofeminismo. São Paulo: Epistemologia e Sociedade. 1993. MIÑOSO, Y, E; CORREAL, D, G; MUÑOZ, K, O. (org) Tejiendo de otro modo: Feminismo, epistemología y apuestas descoloniales en Abya Yala. Popayán: Editorial Universidad del Cauca, 2014. NOBRE, M. (org). Um meio tempo preparando outro tempo: cuidados, produção de alimentos e organização de mulheres agroecológicas na pandemia. São Paulo: SOF Sempreviva Organização Feminista, 2021, 104p. PAREDES, J.; GUZMAN, A. El tejido de la rebeldia: que és el feminismo comunitario. capitulo 3, p.62-74. PORTO, M. F.; PACHECO, T.; LEROY, J. P. (Orgs.). Injustiça ambiental e saúde no Brasil: o mapa de conflitos. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2013. PULEO, A. Ecofemismo para otro mundo possible. Kobo Editions. Espanha. 2013. SILIPRANDI, E. Mulheres e agroecologia: transformando o campo, as florestas e as pessoas. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2015. TRAJANO, M.; MORENO, X.; BARROS, N. F. Hortos agroflorestais medicinais biodinâmicos (HAMB) na promoção da saúde. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS, 12., 2021, Piracicaba. Anais... Piracicaba: Sociedade Brasileira de Sistemas Agroflorestais, 2021. TRONTO, J. C. Assistência democrática e democracias assistenciais. Sociedade e Estado, Brasília, v. 22, n. 2, p. 285-308, maio/ago. 2007. TRONTO, J. C. Mulheres e Cuidados: O que as feministas podem aprender sobre a moralidade a partir disso? In: BORDO, SUSAN. R., JAGGAR, ALISON. M. Gênero, Corpo, Conhecimento. Rio de Janeiro: Record/ Rosa dos Tempos. 1997. p. 186- 203. VIGOYA, Maria Viveros. La interseccionalidad: una aproximación situada a la dominación. Debate feminista, n. 52. 2016. p. 01-17. "