DETALHES
Disciplina de natureza Teórica de nível Doutorado, com carga horária de 60 horas e 2 créditos.
- Número de vagas:
- 50
- Período:
- 08/07/2024 a 12/07/2024
- Pré-requisitos:
- Sem pré-requisito.
- Área(s) de Concentração: Sociedade, Violência e Saúde
HORÁRIO
Dia | Início | Fim |
---|---|---|
Todos os dias | 09:00 | 16:00 |
PROFESSORES
Nome |
---|
Vera Lucia Marques da Silva |
EMENTA
Pensar a corporalidade humana como fenômeno social e cultural, envolvida em simbolismos, representações e imaginários que fundamentam a existência individual e coletiva, particularmente no que tange às definições de gêneros e sexualidades.O corpo, moldado pelo contexto social e cultural no qual se insere, é considerado vetor semântico a partir do qual a relação humana com o mundo é construída.
No amplo campo dos estudos da corporeidade, propõe-se enfatizar, sob a ótica das Ciências Sociais, da Saúde e dos Estudos Feministas, a subjetividade (percepções de si, sentimentos) em concomitância com macroprocessos políticos que normatizam os gêneros e as sexualidades.
Dentro deste escopo de análise, busca-se inferir de que forma elementos de violência perpassam tais definições.
O corpo generificado e sexualizado, atravessado por outros marcadores sociais da diferença, é, portanto, entendido como locus de desigualdade e violência.
Nesse sentido, a disciplina aborda temas como cis/transgeneridade, masculinidades, diversidade sexual, racismo, capacitismo e desigualdades de gênero e raça nas ciências.
Categoria: Curso de Inverno.
Pré-requisito: Não há.
Informação sobre as aulas: Aulas remotas.
Candidatos externos: Serão aceitos Alunos dos Programas de Stricto Sensu da ENSP, Alunos de outros Programas de Stricto Sensu da FIOCRUZ, Alunos de outros Programas de Stricto Sensu, Alunos do Lato Sensu e Graduados.
Vagas: Mínimo 15 e máximo 50.
A disciplina ofertará 01 vaga para Estágio em Docência e o pré-requisito é ser aluno de doutorado.
BIBLIOGRAFIA
"ALMEIDA, Guilherme. ?Homens trans?: Novos matizes na aquarela das masculinidades? Estudos Feministas, Florianópolis, 20(2): 256, maio-agosto/2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/wkWvfpf58vHyvr35KTZyvtr/abstract/?lang=pt.ARAÚJO, V. S. de, Souza, E. R. de, Silva, V. L. M da. ?Eles vão certeiros nos nossos filhos?: adoecimentos e resistências de mães de vítimas de ação policial no Rio de Janeiro. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2021/Jun). Disponível em: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/eles-vao-certeiros-nos-nossos-filhos-adoecimentos-e-resistencias-de-maes-de-vitimas-de-acao-policial-no-rio-de-janeiro/18123. Acesso em 14 set. 2021.
CLÍMACO, Júlia Campos. Análise das construções possíveis de maternidades nos estudos feministas e da deficiência. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 28(1): e54235. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/1806-9584-2020v28n154235. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/1806-9584-2020v28n260118/44135.
KILOMBA, Grada. Descolonizando o eu. In: Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Cobogó: Rio de Janeiro, 2008.
LE BRETON, David. A sociologia do corpo. Petrópolis: Editora Vozes, 2010. p. 62 a 76.
LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, 22(3): 935-952, setembro-dezembro/2014. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/36755/28577.
MARQUES, Vera. A psiquiatrização do sexo não normativo: Uma análise da 5ª revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais. Vivência: Revista de Antropologia, v. 1, p. 25-37-37, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/11754.
ORDÓÑEZ-VARGAS, Laura. Gênero e Etnografia: reflexões desde algumas prisões brasileiras. In: Dossiê Prisões em etnografias: Perspectivas de gênero. Cadernos Pagu, n. 55, 2019:e195508. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/cpa/n55/1809-4449-cpa-55-e195508.pdf. Acesso em 21 dez. 2020.
OYËWÜMÍ, Oyèrónke. Prefácio. In: A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Editora Bazar do Tempo: Rio de Janeiro, 2021.
REZNIK G, Massarani L. Mapeamento e importância de projetos de equidade de gênero na educação em STEM. Cadernos de Pesquisa. 2019 (52):e09179.
RODHEN, Fabíola. A obsessão da medicina com a questão da diferença entre os sexos. IN: CARRARA, Sérgio (orgs.). Sexualidades e saberes, convenções e fronteiras. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.
RODRIGUES, Julliana Luiz; FALCÃO, Marcia Thereza Couto. Vivências de atendimentos ginecológicos por mulheres lésbicas e bissexuais: (in)visibilidades e barreiras para o exercício do direito à saúde. Revista Saúde e Sociedade, n. 30 (1), 2021. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1252181.
SÍGOLO VM, Gava T, Unbehaum S. Equidade de gênero na educação e nas ciências: novos desafios no Brasil atual. Cadernos Pagu. 2022 Mar 30;(63):e216317. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8668816. "