Deficientes visuais têm dificuldades de acesso a tratamento especializado
Atualizado em 22/05/2015

Segundo Natália, os itinerários terapêuticos se apresentam quando há barreiras que impedem o indivíduo de acessar a assistência pretendida e/ou necessitada, seja para acompanhamento contínuo e/ou tratamento. “Percebemos que os obstáculos presentes no serviço de saúde, nas primeiras tentativas de acesso, podem variar conforme a sua natureza, público ou privado, e principalmente como o indivíduo vai reagir frente àquele obstáculo, em termos dos recursos acionados para dar prosseguimento às tentativas de resolução desta demanda, seja na rede pública ou privada.”

Foram utilizados para a construção do estudo informações levantadas sobre a assistência oftalmológica, documentos oficiais, as narrativas dos pacientes atendidos no IBC, e de alguns funcionários, a fim de compreender a lógica da assistência oftalmológica no serviço de saúde. Para o reconhecimento dos itinerários percorridos, 19 pacientes foram entrevistados, também foram realizadas duas entrevistas com profissionais da instituição.
A pesquisa indicou uma grande lacuna de informações que possam subsidiar a análise de funcionamento da rede. “Há desconhecimento por parte dos entrevistados da localização da rede de atenção oftalmológica disponível contribuindo para uma procura desnorteada por assistência”, concluiu a aluna.
Natália Carvalho de Lima é graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2011). Atualmente é farmacêutica responsável técnica no Instituto Benjamin Constant. Ensaio sobre 'cegueiras' na busca por atendimento especializado em Oftalmologia: o itinerário terapêutico de pacientes assistidos no Instituto Benjamin Constant é o título da sua dissertação, que foi defendida no dia 27/4, na ENSP.