ENSP debate os desafios da formação em saúde coletiva

Atualizado em 01/08/2023

Por Tatiane Vargas 

Formar profissionais, gerar e compartilhar conhecimentos e práticas, tendo em vista, promover o direito à saúde e à melhoria das condições de vida da população, são objetivos que compõem a missão da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fiocruz. Com quase sete décadas atuando nas áreas de ensino, pesquisa e assistência, a Escola forma mestres, doutores e especialistas para os mais diversos quadros do SUS. Pensando sempre na excelência do ensino, a Vice-Direção de Ensino da ENSP, com apoio da Direção, está promovendo o seminário Novos Desafios da Pós-Graduação Stricto Sensu. O evento conta com a participação de diretores e coordenadores da Capes e do CNPq, além da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz e da Coordenação-Geral de Pós-Graduação. O seminário, que começou nesta segunda, 31 de julho, e segue até quarta-feira, 2 de agosto, reúne docentes e pesquisadores da Escola, além dos coordenadores dos Programas de Pós-Graduação, para debater o panorama e os desafios do ensino na ENSP.  

Participaram da mesa Cenário do Stricto Sensu na Fiocruz, na manhã dessa segunda-feira (31/7), o diretor de Avaliação da  Capes, Paulo Jorge Parreira dos Santos, de forma remota; o coordenador-geral de Promoção à Inovação e ao Transbordamento do Conhecimento em CT&I do CNPq, Márcio Ramos de Oliveira; a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado; a coordenadora-geral de Pós-Graduação da Fundação, Cristina Guillam; o diretor da ENSP, Marco Menezes; a vice-diretora de Ensino da ENSP, Enirtes Caetano, além da coordenadora do stricto sensu, da Vice-Direção de Ensino da ENSP, Joviana Avanci, que coordenou a mesa proposta para analisar os novos rumos da Escola na formação stricto sensu. 

Participantes da mesa 'Cenário do Stricto Sensu na Fiocruz'. Crédito foto: Eduardo de Oliveira (Radis).

Capes e CNPq: avaliação quadrienal e pesquisa na pós-graduação 

O diretor de Avaliação da Capes, Paulo Jorge Parreira dos Santos, abordou as perspectivas sobre a avaliação quadrienal 2021-2024 e o fortalecimento do ensino de pós-graduação. Paulo destacou a importância, organização e o sentido do desenvolvimento da pós-graduação na Fiocruz, no âmbito da saúde pública. Em sua apresentação, o diretor destacou perspectivas do quadriênio em curso, além da avaliação das mudanças para o quadriênio futuro. Citou avanços anteriores e fez uma fala baseada na ficha de avaliação do programa. A importância do planejamento estratégico da Pós-Graduação, em relação à ficha de avaliação quadrienal, e as perspectivas para o próximo quadriênio, como a inclusão de indicadores de qualidade e a modificação no perfil de notas da Capes, também foram abordadas.  

O coordenador-geral de Promoção à Inovação e ao Transbordamento do Conhecimento em CT&I do CNPq, Márcio Ramos de Oliveira, falou acerca da política do CNPq para pesquisa na pós-graduação e como o Conselho enxerga o fomento direcionado a ela, principalmente no âmbito dos projetos de pesquisa. Ramos considerou também relevante o fortalecimento dos grupos de pesquisa para um trabalho em rede de forma articulada, bem como citou alguns eixos de ações do CNPq no âmbito da formação e pesquisa. Por fim, fez um panorama da pós-graduação ressaltando a importância da formação de mestres e doutores voltados à pesquisa no país.  



Pós-Graduação na Fiocruz 

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, e a coordenadora-geral de Pós-Graduação da Fundação, Cristina Guillam, dividiram a apresentação sobre a educação na Fiocruz. Cristina trouxe o balanço da avaliação quadrienal da Fiocruz – bastante positivo do ponto de vista da formação acadêmica e profissional – e celebrou também a aprovação do Doutorado Profissional da ENSP, que, segundo ela, vai permitir um avanço para a formação profissional no país. Guilam citou, ainda, as diversas ações da Fiocruz no âmbito da pós-graduação, como a Política de Apoio ao Estudante, as disciplinas transversais, a pesquisa de egressos e os programas internacionais. Por fim, ela pontuou alguns desafios para internacionalização. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, completou a apresentação destacando alguns desafios para a formação no cenário atual. Dentre eles, a formação para o SUS e seu fortalecimento; as transformações no mundo da ciência; a inclusão da diversidade nas ações afirmativas; e a internacionalização da ciência.  

Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado. Crédito foto: Eduardo de Oliveira (Radis).


Desafios da educação na ENSP 

O diretor da ENSP, Marco Menezes, ressaltou a honra em prestigiar o encontro e o momento de reencontros. Marco iniciou sua fala celebrando a recente conquista da Escola: a aprovação da Capes para oferecer o Doutorado Profissional em Saúde Pública. Ele destacou o impacto e o papel de nossa instituição na formação em saúde pública, além de pontuar o desafio da ENSP e da Fiocruz no atual contexto de reconstrução das principais políticas públicas de nosso país. Em sua fala, o diretor da ENSP elencou alguns desafios e temas correntes para o processo de formação da Escola nas mais de 300 disciplinas ofertadas anualmente.  

Ele reforçou a importância da parceira institucional e interinstitucional, por meio de uma pós-graduação integrada na Fiocruz, com a participação de docentes da Fiocruz e de outras instituições nos programas da ENSP. O diretor pontuou algumas ações importantes no campo da formação, como a integração entre os ensinos lato e stricto sensu e o papel da articulação em redes por intermédio da Rede de Escolas em Saúde Pública, que possui secretaria executiva na ENSP. Marco trouxe pontos estratégicos debatidos no último congresso interno da instituição, que pontuam a educação como elemento central e basilar, além de estimular a educação crítica e emancipatória, em articulação com a sociedade e os movimentos sociais.  

A vice-diretora de Ensino da ENSP, Enirtes Caetano, analisou os desafios da educação na ENSP. Apresentando os programas da Escola, ela destacou que o seminário é um momento para se pensar os desafios de cada um dos seis programas - Saúde Pública; Saúde Pública e Meio Ambiente; Epidemiologia em Saúde Pública; Bioética; Mestrado Profissional em Saúde Pública e Mestrado Profissional em Epidemiologia em Saúde Pública –, lembrando que os programas são diferentes, mas estão dentro da mesma base. A vice-diretora também falou a respeito da proposta de articulação dos ensinos lato e stricto sensu, além de destacar a vocação dos programas e a valorização das diferenças.  

Vice-diretora de Ensino da ENSP, Enirtes Caetano. Crédito foto: Eduardo de Oliveira (Radis).