Pós-Graduação Profissional em Saúde Pública da ENSP passa por reformulação e Programa tem nova coordenação

Atualizado em 03/01/2024


Recentemente a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) incorporou ao seu Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública Profissional (PPGSP-P) a modalidade de doutorado profissional. Aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, no último ano, a proposta atendeu todos os critérios exigidos e recebeu nota máxima em todos os quesitos avaliados pela Capes.

A novidade foi muito celebrada na Escola e destacada pela direção como uma grande conquista. Para que a modalidade de doutorado profissional fosse aprovada pela Coordenação de Nível Superior, uma das etapas do processo foi a reformulação do Regulamento Interno do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde Pública.

Segundo Gisela Cardoso, nova coordenadora do PPGSP-P, foi aberta uma consulta pública, que contribuiu para a versão atual do Regimento Interno do Programa, documento que orienta a formação profissional ofertada pela ENSP. Para a nova coordenação do Programa, o foco é que a formação profissional mantenha a capacidade e a agilidade de dar respostas rápidas às necessidades apresentadas pela área da saúde pública no contexto da sociedade brasileira. 


A nova versão do Regulamento Interno esteve em consulta pública de novembro a dezembro de 2023, voltada aos docentes do Programa, com o objetivo ampliar a participação daqueles que também são protagonistas das atividades desenvolvidas. Para a nova coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública Profissional, as contribuições auxiliaram para qualificar o texto e torná-lo mais claro e preciso.  

“Além disso, possibilitaram ampliar a visão sobre novos questionamentos, alguns bastante pertinentes, como a possiblidade de inclusão de dois coordenadores adjuntos. Ação que no caso das turmas profissionais, auxilia enormemente, em função de muitas ocorrerem fora da sede, localizada no Rio de Janeiro, explicou Cardoso. Segundo ela, na medida do possível, as sugestões propostas foram incorporadas ao novo documento.  

Entre as principais mudanças no Regimento Interno, além de toda a regulamentação para o doutorado profissional, como novidades, foram incluídas a entrega de um produto técnico/tecnológico para o mestrado, e de dois produtos técnico-tecnológicos para o doutorado, relacionados ao objeto de estudo do aluno. No caso do mestrado, a exigência até o momento era a entrega somente do trabalho final, que poderia ser em diversos formatos, incluindo dissertação.  

Outra mudança, de acordo com a nova coordenadora, é a possibilidade de trancamento de matrícula para o discente dos dois cursos - mestrado e doutorado. “Essa alternativa não se aplicava por não termos a garantia de uma turma seguinte na mesma temática, principalmente no caso das turmas de mestrado. Mas entendemos que isso deveria ser reavaliado, tendo critérios definidos para que o trancamento possa ser concedido pelo aluno, caso necessário”, ponderou ela. 

Doutorado Profissional: conquista da ENSP, vitória do SUS! 


A recente aprovação do Doutorado Profissional em Saúde Pública, segundo Gisela Cardoso, é fruto do reconhecimento de um Programa de excelência, com nota 5, representando a nota máxima junto à Capes. “Desde 2002, quando foram criadas as primeiras turmas, até o momento, foram mais de 1000 formandos, o que representa o maior programa profissional em saúde coletiva do país. É fundamental, assim, que o PPGSP-P continue tendo a capacidade e a agilidade de dar respostas rápidas às necessidades apresentadas pela área da saúde pública, no contexto da sociedade brasileira. Sua missão é a formação de profissionais qualificados e reflexivos, indutores de mudanças em seus cenários de atuação, desenvolvendo produtos de aplicabilidade ao aperfeiçoamento do SUS e da sociedade. Ademais, essa conquista traduz o esforço coletivo da ENSP, da Vice-Direção de Ensino, e de todos os docentes envolvidos no Programa, que prezam pela articulação entre o ensino e a pesquisa na resposta às demandas da atenção e da gestão em saúde”, comemorou ela.     

Formação Profissional sob nova coordenação: destaque para atuação participativa  


Gisela Cardoso, nova coordenadora do PPGSP-P, esteve à frente da chefia do Departamento de Endemias da Escola nos últimos anos e também da coordenação do Mestrado Profissional em Saúde Pública. Neste momento, ela encara, junto com a pesquisadora do Departamento de Ciências Sociais da ENSP, Regina Ferro Lago, o desafio de coordenar o Programa Profissional até 2025.  

“Esse é um desafio muito interessante, bastante diferente da chefia de um departamento, de onde saio após quatro anos, que me possibilitou trabalhar de forma muito harmoniosa e integrada com diferentes colegas. Tenho a sorte de estar assumindo neste momento a coordenação do Programa, em conjunto com Ferro, colega com importante inserção em várias turmas do Programa, além de uma Coordenação de Pós-Graduação (CPG) muito participativa e atuante, constituída de dois coordenadores de turma, três representantes docentes, um representante discente, e com o apoio administrativo inestimável de Regina Neves.  

As novas coordenadoras assumem a coordenação da formação profissional após a gestão das pesquisadoras da Escola, Elyne Engstrom e Maria Helena Barros, responsáveis pela organização de diversas ações, incluindo o Planejamento Estratégico do Programa, alinhado às diretrizes de Ensino da Fiocruz. De acordo com Gisela, nos próximos anos, a coordenação visará, principalmente, a promoção da integração entre as diferentes turmas; o incentivo à produção técnico-tecnológica dos alunos e dos docentes; a maior divulgação dos trabalhos dos alunos; e a maior visibilidade do Programa, por meio da continuidade do apoio à realização do boletim trimestral e de investimentos no site do Programa.  

“Até o final deste ano, pretendemos abrir o credenciamento de novos docentes ao PPGSP-P, diante da grande demanda de novas turmas que estamos recebendo, principalmente do Ministério da Saúde”, destacou Cardoso.