Novidade na ENSP: conheça o posto provisório da Biblioteca de Saúde Pública!

Atualizado em 13/06/2025

Por Danielle Monteiro e Isabelle Ferreira

Esta quinta-feira (12) foi de comemorações na ENSP. Na data que marca o Dia dos Namorados, a Escola celebrou a relação de amor entre o leitor e o livro, com a inauguração do posto provisório da Biblioteca de Saúde Pública, carinhosamente chamada de Biblioteca da ENSP. 

Localizado no prédio da Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico (Cogeplan), no Pavilhão Carlos Matus, o posto provisório foi criado para garantir a continuidade do acesso à informação científica em um espaço físico, já que a biblioteca precisou ter suas atividades presenciais interrompidas em decorrência das obras no prédio Ernani Braga. 


O novo espaço possui uma sala de estudos, um local de atendimento ao usuário, além de um acervo atualizado, com temáticas variadas, como feminismo negro, direitos LGBT, desinformação e fake news. 

O posto provisório funciona de 9h às 16h, inclusive, na hora do almoço. O  espaço oferece vários atendimentos, como auxílio à busca bibliográfica, à normalização de trabalhos e à ficha catalográfica on-line, além de consulta ao acervo local. O aluno também pode levar livros emprestados, acessar o wi-fi e utilizar o notebook do local.


Integrante da Rede de Bibliotecas da Fiocruz, gerenciada pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz, a Biblioteca de Saúde Pública desempenha papel estratégico no apoio à ciência, à educação e à pesquisa. Atua, ainda, como centro de referência para todos os cursos da área de saúde pública do país, oferecendo atendimento a diversos públicos, como profissionais de saúde, estudantes de pós-graduação, professores e pesquisadores da Fundação, além da sociedade em geral. 

Emoção, recordações e relatos marcam cerimônia de inauguração

Na cerimônia de inauguração, os gestores e a equipe participante da iniciativa trouxeram relatos de sua história com a Biblioteca da ENSP e rememoraram a importância do novo espaço para a instituição.



Presente na inauguração, o diretor da ENSP, Marco Menezes, frisou a importância do retorno da biblioteca para um espaço físico. Ele também destacou o papel que ela desempenha no acolhimento e convívio entre discentes, docentes, pesquisadores, trabalhadores e trabalhadoras da Escola, assim como na formação e na integração entre ensino e pesquisa. 



Para o diretor, o novo espaço contribui, ainda, para a implementação do Projeto Político Pedagógico da ENSP e o fortalecimento do Sistema Fiocruz de Bibliotecas. “A inauguração da biblioteca acontece em um momento fundamental de enfrentamento à desinformação. O espaço representa um lugar estratégico de comunicação e informação para a saúde pública e a defesa da democracia no país”, complementou. 

Menezes afirmou que a biblioteca é uma das prioridades no escopo das obras que serão realizadas no prédio Ernani Braga. E adiantou que, em breve, a ENSP vai oferecer uma estrutura definitiva e tão acolhedora quanto o posto provisório. 

Diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Adriano da Silva
ressaltou a importância de oferecer informação científica e promover a ciência cidadã para os alunos e demais usuários da biblioteca. Segundo ele, com a inauguração, a instituição também mantém o compromisso com a disseminação do conhecimento universal. Ele definiu o espaço como um ‘divã’ de acolhimento aos alunos. “Eu espero que este posto provisório seja, além de um símbolo de resistência e ocupação, um espaço que mantenha o diálogo e atenda às necessidades da instituição e da comunidade da Fiocruz”, destacou.


O vice-diretor de Ensino da ENSP, Gideon Borges, reforçou o simbolismo da biblioteca para uma instituição de pesquisa e relembrou que a ausência física do espaço lançou diversos desafios para a Escola. Fazendo referência ao conto de Clarice Lispector, ‘Felicidade Clandestina’, Gideon rememorou a relação do leitor com o livro: “Em determinado momento, a personagem do conto deseja muito as crônicas de Monteiro Lobato. Enquanto ela tem acesso a esses livros, é como se ela ‘enamorasse’ ali. A inauguração da biblioteca acontece em uma data propícia (Dia dos Namorados), pois, além de ser um espaço de ‘enamoramento’, onde as pessoas se encontram e iniciam relacionamentos, ela representa também um lugar de ‘enamoramento’ com os livros. Nós também ‘namoramos’ os livros. É uma relação de amor que nasce na biblioteca. E isso é maravilhoso”.

A vice-presidente de Educação, Comunicação e Informação da Fiocruz (Vpeic) e também pesquisadora da ENSP, Marly Cruz, declarou ser uma defensora da permanência do posto provisório da biblioteca, destacando a sua relevância tanto no campo educacional quanto na criação de laços afetivos. “Hoje, um dos principais desafios é o da desinformação e da divulgação científica incompleta, por isso, é fundamental combatê-los”, afirmou. Para ela, esse compromisso reforça o papel da Fiocruz na promoção e disseminação da ciência. Marly também destacou que a criação de um espaço de integração para além dos estudos foi uma das reivindicações dos alunos da Associação de Pós-Graduandos (APG-Fiocruz). 



A chefe da biblioteca, Glauce Pereira, enalteceu o esforço coletivo para a concretização da iniciativa e celebrou o retorno do convívio e atendimento presencial com os usuários da biblioteca. “É um espaço muito aconchegante. Estamos aqui para servir os alunos da ENSP, esse é o nosso objetivo. Esperamos fazer um bom trabalho e acredito que seremos muito felizes nesse espaço”, afirmou.



Por fim, a tecnologista da ENSP/Fiocruz, Carla Pepe, recitou sua poesia intitulada ‘Arqueologia de Futuros', uma manifestação sobre a desinformação. Segundo ela, ciência e arte são campos que convergem, e essa união contribui para a construção de uma sociedade mais igualitária, equânime e afetiva.