Oficina debate atualização da Especialização em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana do Cesteh
Atualizado em 26/06/2025
Curso do Cesteh avalia seu percurso, propõe mudanças e busca melhorias para acompanhar os desafios da formação em saúde do trabalhador
Por Marcelo Gautte – Estagiário de jornalismo, supervisionado por Thamiris Carvalho
No mês de junho, a coordenação de ensino do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP/Fiocruz) realizou uma oficina para discussão e avaliação do curso de Especialização em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana. A atividade reuniu docentes e profissionais da saúde para debater sobre o modelo formativo utilizado, tendo em vista as mudanças do mundo do trabalho e dos desafios existentes nos últimos anos.
A proposta foi discutir a formação em saúde do trabalhador a partir do curso de especialização, pensar sobre o conteúdo e a grade curricular, além da percepção que os alunos tiveram sobre o curso e os critérios de avaliação. A coordenadora do Cesteh, Rita Mattos, destacou a importância de alinhar as unidades de aprendizagens, ter as trocas entre docentes e fortalecer a integração do curso. Ela também salientou a “necessidade de conhecer mais afundo as avaliações feitas pelos alunos, enfrentar os desafios estruturais da formação e a desintegração entre as ementas e conteúdo”.
Durante a oficina, a coordenadora do curso, Fátima Rangel, mostrou dados importantes sobre as últimas classes. Segundo ela, na turma de 2022, havia uma divisão de 50% entre homens e mulheres. Em 2020 a turma de 15 alunos só tinha uma pessoa do gênero masculino e 14 mulheres, dentre elas, 90% estavam empregadas, sendo 50% na área da saúde e nenhum representante do CEREST. “Isso mostra uma mudança no perfil dos candidatos”, pontuou a pesquisadora.
A vice-coordenadora de ensino do Cesteh, Luciana Gomes, salientou a importância para a análise e avaliação do curso, que sejam considerados o patrimônio acumulado ao longo desses 38 anos de formação nesse campo e que se reflita sobre os processos e os resultados obtidos atualmente. De forma que se possa compreender quais aspectos podem ser melhorados ou substituídos, tendo como perspectiva os novos desafios que se colocam em termos do mundo do trabalho, da sociedade e da instituição.
Ao final da oficina, foram destacadas a importância de aumentar os espaços de troca entre docentes e alunos, repensar coletivamente as ementas das disciplinas e reforçar as estratégias pedagógicas mais participativas. A atividade reafirma o compromisso do Cesteh com uma formação exemplar, atualizada e conectada aos desafios atuais da saúde do trabalhador e da trabalhadora.