Agroecologia em pauta: ENSP realiza Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária Popular 2025

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) sediou, nesta terça-feira (2/9), a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária Popular. O evento teve como tema central 'Agroecologia: trabalho, formação e luta' e reuniu, no auditório térreo da Escola, representantes de movimentos sociais, estudantes, gestores públicos e pesquisadores para debater a importância da agroecologia como eixo estratégico para a saúde, a soberania alimentar e a democracia. A JURA 2025 foi organizada pelo Mestrado Profissional em Trabalho, Saúde, Ambiente e Movimentos Sociais da ENSP, em parceria com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF). A atividade também integrou o seminário acadêmico da disciplina de Agroecologia, oferecida no âmbito do mestrado, e pode ser assistida na íntegra no canal da ENSP no YouTube.

Para a coordenadora do curso e pesquisadora do Cesteh/ENSP, Simone Oliveira, o evento reafirma o compromisso institucional com uma formação crítica, voltada à transformação social. “Estamos na segunda turma do mestrado, com estudantes de diversas regiões do país e formações distintas. Essa formação é fruto de uma construção coletiva, com participação ativa dos movimentos sociais. Realizar esse seminário na ENSP reforça a agroecologia como um princípio institucional - seja na formação, nas pesquisas ou nas ações em saúde pública”, destacou Simone.

O diretor da ENSP, Marco Menezes, também participou da abertura do evento e ressaltou a importância simbólica e política da data, especialmente no contexto de defesa da democracia e dos direitos sociais. “Estar aqui hoje, ao lado dos movimentos sociais, é reafirmar o papel da nossa Escola na luta por soberania, saúde e democracia. Neste mesmo dia em que o país acompanha o julgamento de atos golpistas contra a democracia, celebramos os 71 anos da ENSP - uma escola que tem a democracia e a vida como pilares fundamentais”, afirmou.

Para o diretor, a parceria com o MST e com outros movimentos populares precisa ser aprofundada. "É com eles que construímos respostas concretas à emergência climática, à crise hídrica e aos desafios do modelo de produção de alimentos. Por isso, a agroecologia não é apenas uma pauta, é um caminho”, completou o diretor.

Além das falas institucionais e apresentações culturais, a Jornada contou com mesas de debate e diálogos sobre as experiências práticas e os desafios enfrentados na implementação da agroecologia como estratégia de resistência e transformação social.