Análise de Políticas e Sistemas de Saúde em Perspectiva Comparada (ENSP.03.859.1)

DETALHES

Disciplina de natureza Teórico-prática de nível Doutorado, com carga horária de 120 horas e 4 créditos.

Número de vagas:
25
Período:
06/08/2019 a 19/11/2019
Pré-requisitos:
Sem pré-requisito.
Área(s) de Concentração:
Políticas Públicas e Saúde , Políticas, Planejamento, Gestão e Práticas em Saúde

HORÁRIO

Dia Início Fim
Terça-feira 09:00 13:00

PROFESSORES

Nome
Cristiani Vieira Machado
Isabela Soares Santos
Lígia Giovanella

EMENTA

A disciplina objetiva analisar sistemas de saúde em diferentes países considerando: o processo de desenvolvimento histórico, os arranjos político-institucionais, as modalidades de financiamento e coberturas, a organização da rede de serviços e as reformas setoriais. Na análise da organização do sistema de serviços será dada ênfase às relações público-privadas, ao financiamento e ao estudo das modalidades assistenciais de atenção primária de saúde (APS). Serão analisados as políticas e sistemas de saúde em países selecionados. Na escolha dos países buscou-se representar diferentes modelos de proteção social, de financiamento, da composição público-privada, da posição da APS no sistema de serviços, e processos de reformas setoriais. As reformas dos sistemas de saúde serão analisadas considerando-se interesses envolvidos, medidas implementadas e repercussões sobre a proteção social, a universalidade e a equidade. Em especial serão discutidas as tendências dos processos contemporâneos de reformas de saúde frente a novos constrangimentos financeiros nos países europeus e as perspectivas da APS integral à saúde na América Latina.

Categoria: Eletiva

Número mínimo de alunos: 05

Candidatos externos: serão aceitos alunos dos Programas Stricto Sensu da ENSP; alunos de outros programas stricto sensu da Fiocruz; alunos de outros programas stricto sensu; alunos com mestrado concluído.

BIBLIOGRAFIA

Almeida C. Reformas de sistemas de saúde: tendências internacionais, modelos e resultados. In: Giovanella L, Escorel S, Lobato LVC, Noronha JC, Carvalho AI. Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. 2ª edição revista e ampliada. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2012 pp. 759-801.

Boyle S. United Kingdom (England). Health system review. Health systems in transition; 2011, 13(1):1-483.

Busse R, Blümel M. Germany: health system review. Health Systems in Transition; 2014, 6(2):1?296.

Conill E. Sistemas comparados de saúde. In: Campos GWS, Minayo MCS et al, org. Tratado de Saúde Coletiva. Segunda edição. São Paulo: Editora Hucitec. 2012. p.591-659.

Dixon A, Poteliakhoff E. Back to the future: 10 years of European health reforms. Health Economics, Policy and Law. 2012; 7(Special Issue1): 1-10 doi:10.1017/S1744133111000247

Draibe S, 2011. Uma nova agenda social na América Latina? Pontos de partida para a análise comparada dos sistemas de proteção social e suas mudanças recentes. In: Sola L, Loureiro MR, org. Democracia, Mercado e Estado. O B de BRICS. Rio de Janeiro: Editora FGV, p.249-288.

Evans R. Financing Health Care: Taxation and Alternatives. In: Mossialos et al. Funding health care: options for Europe. Open University Press. World Health Organization, European Observatory on Health Care Systems Series: 2002.

Filippon J, Giovanella L, Konder M, Pollock A M. A "liberalização" do Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra: trajetória e riscos para o direito à saúde. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2016 [cited 2017 Apr 03] ; 32( 8 ): e00034716.

Fleury S. Universal, dual o plural? Modelos y dilemas de atención de la salud en América Latina. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas (EBAP/FGV; INDES/IADB); 2002.

Giaimo S, Manow P. Institutions and ideas into politics: health care reform in Britain and Germany In: Altenstetter C, Björkman JW editors. Health policy reforms, national variation and globalization. London: MacMillan Press; 1997. p.175-202.

Giovanella G, Stegmüller K. Sistemas universais de saúde e crise financeira europeia: universalidade ameaçada? Reformas em saúde na Alemanha, Espanha e Inglaterra, Cadernos de Saúde Pública 2014; 30(11):1-19.

Giovanella L, Almeida PF, Vega Romero R, Oliveira S, Tejerina Silva H. Panorama de la Atención Primaria de Salud en Suramérica: concepciones, componentes y desafíos. Saúde em Debate 2015;39(105):300-322.

Giovanella L, Ruiz G, Feo O, Tobar S, Faria M. Sistemas de Salud en América del Sur. In: Isags ed. Sistemas de Salud en Suramérica: desafíos para la universalidad, la integralidad y la equidad. Rio de Janeiro: Instituto Sul-Americano de Saúde; 2012. p 21-69.

Giovanella L. Solidariedade ou competição: políticas e sistema de atenção à saúde na Alemanha. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz; 2001.

Giovanella L et al. Sistema universal de saúde e cobertura universal: desvendando pressupostos e estratégias. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, 2018 jun; 23(6):1763-1776.

Hemerijck A. A revolução silenciosa do paradigma de investimento social na União Europeia. In: Rodrigues PHA, Santos IS, Org(s). Políticas e riscos sociais no Brasil e na Europa: convergências e divergências. Rio de Janeiro: CEBES; São Paulo: Hucitec; 2ª ed. 2018. p.25-59.

Immergut E. Health Politics - Interest and institutions in Western Europe. New York: Cambridge University Press; 1992. (Cap 1 e 2).

Kerstenetzky CL. Sobre a ?Crise? do Estado de Bem-Estar: Retração, Transformação Fáustica ou o Quê? DADOS ? Revista de Ciências Sociais, 2012; 55 (2):447 a 485.

Kringos DS. The strength of primary care in Europe. Utrecht: NIVEL; 2012.

Labra ME. La reinvención neoliberal de la inequidad en Chile. El caso de la salud. Cadernos de Saúde Pública 2002; 18(4):1041-1052.

Laurell AC. Los seguros de salud mexicanos: cobertura universal incierta. Ciênc. saúde coletiva 2011; 16(6):2795-2806.

Leichter HM. 1979. Great Britain: health care in a modern welfare state. In: Howard M. Leichter, A comparative approach to policy analysis ? health care policy in four nations, Cambridge: Cambridge University Press; p.157-199.

Light DW. Values and Structure in the German Health Care Systems. The Milbank Quarterly 1985; 63(4):613-47.

Machado Cristiani Vieira. Políticas de Saúde na Argentina, Brasil e México: diferentes caminhos, muitos desafios. Ciênc. saúde coletiva. 2018 July; 23(7): 2197-2212.

Mahoney J, Rueschmeyer D. Comparative historical analysis in the social science. Cambridge: Cambridge University Press; 2003.

Maynard A (Ed.). The public-private mix for Health. Oxon, United Kingdom: The Nuffield Trust, Radcliffe publishing Ltd, 2005.

Meny I, Thoenig JC. Las políticas públicas. Barcelona: Ariel Ciencia Política; 1992. (Cap. VIII ? La dimensión comparativa de las políticas públicas, p. 223-244).

Noronha JC, Conill E, Giovanella L. Sistemas de saúde da Alemanha, do Canadá e dos Estados Unidos: Uma visão comparada. In: Paim JS; Almeida-Filho N. Saúde Coletiva, Teoria e Prática. p. 151-172. Rio de Janeiro: MedBook; 2014.

Pollock A. The NHS plc. The privatization of our health Care. (Chapter 5. Primary Care p.132-164). London/ New York: Verso; 2005.

Roland M, Rosen R. English NHS embarks on controversial and risky market-style reforms in health care. The New England Journal of Medicine 2011; 364(14):1360-1366.

Santos IS. A solução para o SUS não é um Brazilcare. RECIIS 2016; 10(3).

Santos IS, Vieira FS. Direito à saúde e austeridade fiscal: o caso brasileiro em perspectiva internacional. Ciênc. saúde coletiva. 2018 July; 23(7): 2303-2314.

Sengupta A. Universal Health Coverage: Beyond Rhetoric. Occasional Paper n.20. Municipal Services Project. IDRC November 2013. http://www.phmovement.org/en/node/9160

Sojo A. Condiciones para el acceso universal a la salud en América Latina: derechos sociales, políticas de protección social y restricciones financieras y políticas. Ciência & Saúde Coletiva 2011 16(6):2673-2685.

Tuohy CH, Flood CM, Stabile M. How does private finance affect public health care systems? Marshaling the evidence from OECD Nations. Journal of Health Politics, Policy and Law 2004, 29(3): 359-396. http://homes.chass.utoronto.ca/~mstabile/oecd.pdf

WHO-World Health Organization. Atenção primária à saúde: mais necessária que nunca. World Health Report 2008. Geneva: WHO;2008.

Williams A. The pervasive role of ideology in the optimisation of the public-private mix in public healthcare systems. In: Maynard A (Ed.). The public-private mix for Health. Chapter 2. Oxon, United Kingdom: The Nuffield Trust, Radcliffe publishing Ltd, 2005, 7-19.