Desastres, Vulnerabilidades e Biossegurança (ENSP.90.231.1)

DETALHES

Disciplina de natureza Teórico-prática de nível Doutorado, com carga horária de 90 horas e 3 créditos.

Número de vagas:
15
Período:
13/08/2019 a 26/11/2019
Pré-requisitos:
Sem pré-requisito.
Área(s) de Concentração:
Gestão Socioambiental e Promoção da Saúde

HORÁRIO

Dia Início Fim
Terça-feira 13:00 16:00

PROFESSORES

Nome
Simone Cynamon Cohen
Telma Abdalla de Oliveira Cardoso

EMENTA

Apresentar e discutir o contexto dos fenômenos naturais e de desastres a partir da relação do homem com a natureza ao longo da história, analisando o conceito de vulnerabilidade, associando a construção de uma mentalidade, de perceber e tratar os grupos sociais e avaliar suas condições de vida, de proteção social e de segurança. Conjuga também a perspectiva interdisciplinar da Biossegurança apontando para orientação das práticas e contextos, abrangendo aspectos ideológicos, subjetivos e culturais em um processo de construção de conhecimento que procura responder aos desafios impostos pelas constantes mudanças no mundo, decorrentes das intervenções humanas sobre a natureza, provocadores de desastres. A disciplina apresenta os conceitos de vulnerabilidade, resiliência, risco, ameaça e perigo; habitat saudável; biossegurança e terrorismo química, biológico e radionuclear. Abordará as estratégias internacionais e nacionais para redução e mitigação dos desastres e o Projeto Esphera da Organização das Nações Unidas. Trará aspectos de organização e gerenciamento dos desastres, da epidemiologia dos desastres, de saneamento em época emergencial, de Hospital Seguro, de manejo de cadáveres e de seus impactos sobre a população e o meio ambiente.

Categoria: Eletiva

Número mínimo de alunos: 05

Candidatos externos: serão aceitos alunos dos programas stricto sensu da ENSP; alunos de outros programas stricto sensu da Fiocruz; alunos de outros programas stricto sensu; graduados.

Observação: Esta disciplina é ofertada em conjunto com o Programa de Saúde Pública.

BIBLIOGRAFIA

Alcántara - Ayala, I. Geomorphology, natural hazards, vulnerability and prevention of natural disasters in developing countries. Geomorphology 2002; 47 (2-4): 107-124.

Alheiros, MM. 2006. Plano Municipal de Redução de Risco In: CARVALHO, CS; GALVÃO, T. (orgs.). Prevenção de Riscos de Deslizamentos em Encostas: Guia para Elaboração de Políticas Municipais. Brasília: Ministério das Cidades; Cities Alliance, 2006, p. 58-75.

Almeida ME. A permanente relação entre biologia, poder e guerra: o uso dual do desenvolvimento biotecnológico. Cien Saude Colet. 2015; 20(7):2255?66.

Agência Nacional de Águas. 2009. Sistema de alerta contra enchentes na bacia do rio Itajaí. Disponível em: http://www.ana.gov.br/gestaorechidricos/UsosMultiplos/ arqs/Alerta_Itajaís.pdf Acesso em: Agosto de 2009.

Andres, P; Bellotti, M. Protección radiológica del paciente: um tema relacionado con la salud pública. Rev Argent Salud Pública 2016; 7(26): 33-35.

Augusto Filho, O. 2001. Carta de risco de escorregamentos quantificada em ambiente de SIG como subsídio para planos de seguro em áreas urbanas: um ensaio em Caraguatatuba, SP. Tese de Doutorado. Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE/UNESP), Rio Claro, 2001. 196p.

Azevedo, DCB et al. Hospital Seguro: contribuições à Resolução da Diretoria Colegiada no 50, de 21 de fevereiro de 2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Vigil. Sanit. Debate 2018; 6(3):80-88.

Bhalla, D.K.; warkeit, D.B. Biological agents with potential for misuse: a historical perspective and defensive measures. Toxicol Appl Pharmacol, New York, v.199, n.1, p. 71?84, 2004.

Blakie P, Cannon T, Davis I, Wisner B.Vulnerabilidad, el entorno social de los desastres. [En línea] Bogotá: La Red/ITDG; 1996. [Fecha de acceso 8 de marzo de 2007] URL disponible en: http://www.desenredando.org/public/libros/1996/vesped/index.html

Brandão da SilvA, LJRO; Mendonça, JAF. 2006. Plano Municipal de Redução de Risco da cidade do Rio de Janeiro: uma abordagem através do IQR ? Índice Quantitativo de Risco. In: Seminário Nacional de Controle de Riscos em Assentamentos Precários nas Encostas Urbanas, 2, Ministério das Cidades e Cities Alliance Belo Horizonte (MG), 2006. Disponível em: http://www.cidades.gov.br//index.php.

Brasil. Ministério da Saúde Guia de Vigilância em Saúde. 2aed. Brasilia: MS, 2017.

_____. Decreto Legislativo n 39, de 1 de julho de 1970(a). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Seção 1, 2 jul. 1970, p.4865.

______. Decreto Legislativo n 89, de 05 de dezembro de 1972. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Seção 1, 6 dez. 1972, p.10893.

______. Decreto n 67.200, de 15 de setembro de 1970. Promulga o Protocolo de Genebra. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Seção 1, 17 set.1970, p.8089.

______. Decreto n 77.374, de 01 de abril de 1976. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Seção 1, 2 abr. 1976, p.4284.

______. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso Básico de Controle de Infecção Hospitalar. Caderno C. Métodos de Proteção Anti-Infecciosa. Brasília: MS, 2000.

______. Ministério da Saúde. Classificação de Risco dos Agentes Biológicos. Brasília: MS, 2017.

_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Plano de Contingência para Emergência em Saúde Pública por Agentes Químico, Biológico, Radiológico e Nuclear. Brasil: MS, 2014.

Cardoso, D.R.; Cardoso, T.A.O. Bioterrorismo: dados de uma história recente de riscos e incertezas. Ciênc Saúde Coletiva2011; 16(1): 821-830.

Cardoso, T.A.O. et al. Biosseguridade e Biossegurança: aplicabilidades da segurança biológica. Interciência 2008; 33(8): 561-568.

Cardoso, TAO; Costa, FG, Navarro, MBMA. Biossegurança e desastres: conceitos, prevenção, saúde pública e manejo de cadáveres. Physis 2012; 22(4): 1523-1542.

Cardoso, TAO; Navarro, MBMA; Costa Neto C; Moreira, JC. Health surveillance, biosafety and emergence and re-emergence of infectious diseases in Brazil. Braz J Infect Dis 2010; 14(5): 526-535.

Cardoso, TAO; Vieira, DNP. Bacillus anthracis como ameaça terrorista. Saúde em Debate, 2015; 40(107): 1138-148.

Cardoso, TAO; Vieira, DNP. Study of mortality from infectious diseases in Brazil from 2005 to 2010: risks involved in handling corpses. Ciência & Saúde Coletiva 2016; 21(2): 485-496.

Carson, R. Primavera Silenciosa. São Paulo: Melhoramentos, 1962.

Carvalho, CS; Galvão, T. 2006. Ação de Apoio à Prevenção e Erradicação de Riscos em Assentamentos Precários. In: Carvalho, CS; Galvão, T. (orgs.). Prevenção de Riscos de Deslizamentos em Encostas: Guia para Elaboração de Políticas Municipais. Brasília: Ministério das Cidades; Cities Alliance, 2006, p. 10-17.

Centers for Disease Control and Prevention. Bioterrorism Overview. Disponível em: http://emergency.cdc.gov/bioterrorism/overview.asp> Acesso em: 27 jul. 2014.

Centers for Disease Control and Prevention. Guideline for Isolation Precautions: preventing transmission of infectious agents in healthcare settings. Atlanta: CDC, 2007.

Centre for Research on the Epidemiology of Disasters (CRED). The Human Cost of Natural Disasters 2015. A global perspective. Louvain-la-Neuve: CRED, 2015.

Cohen, SC 2004. Habitação Saudável como um Caminho para a Promoção da Saúde. Tese de Doutorado, Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz.

Comisión Económica para América Latina y el Caribe. Vulnerabilidad sociodemográfica: Viejos y nuevos riesgos para comunidades,hogares y personas. Síntesis y conclusiones.Vigésimo período de sesiones. [En línea] Brasilia: CEPAL; 2002. LC/G.2170 (SES.29/16) [fecha de acceso 8 de marzo de 2007]. URL disponible en: http://www.eclac.org/publicaciones/xml/0/9640/DGE2170-SES29-16.pdf

Costa, FG; Flauzino, RF; Navarro. MBMA; Cardoso, TAO. Abrigos temporários em desastres: a experiência de São José do Rio Preto, Brasil. Saúde em Debate 2017; 41(esp): 327-337.

Crane, P; Kinzig, A. Nature makes a difference in the city. Science 2005; 308(5726): 1225.

Dubbeling, M. et al. Building Resilient Cities. Urban Agriculture, 2009; 23(6): 3-10.

EM-DAT Emergency Database. OFDA/CRED - The Office of US Foreign Disaster Assistance/Centre for Research on the Epidemiology of Disasters ? Université Catholique de Louvain,Brussels, Belgium. http://www.emdat.be/ Database.

Fernandes, GS; Carvalho, ACP; Azevedo, ACP Avaliação dos riscos ocupacionais de trabalhadores de serviceos de radiologia. Radiol Bras 2005; 38(4):279-281.

Fitzgerald, GJ. Chemical Warfare and Medical Response During World War I. American Journal of Public Health, v. 98, n. 4, p. 611-625, 2008.

Franca Filho, MT; Figueiredo, CHC O terrorismo internacional e o ?lugar?brasileiro. Rev Sist Penal & Violência 2012; 4(1): 22-33.

Gallopin, GC. Linkages between vulnerability, resilience, and adaptive capacity. Global Environmental Change, 2006; 16(3): 293-303.

Government of Canada. Chemical, Biological, Radiological, Nuclear and Explosives Resilience Strategy for Canada [Internet]. 2011. p. 1?17. Available from: https://www.publicsafety.gc.ca/cnt/rsrcs/pblctns/rslnc-strtg/rslnc-strtg-eng.pdf

Intergovernamental Panel of Climate Change (IPCC). Summary for policymakers. In: FIELD, C.B. et al (eds.) Climate Change 2014: Impacts, Adaptation, and Vulnerability. Part A: Global and Sectoral Aspects. Contribution of Working Group II to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. p. 1-32.

IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change. 2007. Climate Changes: The Physical Science Basis. Summary of Policymakers. (http://www.ipcc.ch).

Kobiyama, M; Mendonça, M; Moreno, DA; Marcelino, IPVO; et al. 2006. Prevenção de Desastres Naturais: Conceitos Básicos. Curitiba: Organic Trading. 109 p. Disponível em: http://www.labhidro.ufsc.br/publicacoes.html .

Lavell A. Draft Annotated Guidelines for Inter-Agency Collaboration in Programming for Disaster reduction. [En línea] Ginebra: Emergency Response Division, UNDP; 2000 [fecha de acceso 15 de febrero de 2007]. URL disponible en: http://www.radixonline.org/resources/allan_lavell_interguide.doc

Lavell, A. 2003. La gestión local del riesgo: nociones y precisiones en torno al concepto y la práctica. Guatemala: CEPREDENAC/PNUD, 2003. 101 p.

Lopes, ESS. 2006. Modelagem espacial dinâmica em Sistema de Informação Geográfica ? uma aplicação ao estudo de movimentos de massa em uma região da Serra do Mar paulista. Tese de Doutorado em Geociências e Meio Ambiente. Instituto de Geociências e Ciências Exatas da UNESP (IGCE/UNESP), Rio Claro, 2006. 314p.

Mac Donald J. Pobreza y precariedad del hábitat en ciudades de América Latina y el Caribe. Santiago de Chile: CEPAL; 2004. (Serie Manuales N° 38)

Maffra, CQT; Mazzola, N. 2007. As razões dos desastres em território brasileiro. In: Santos, R. F. dos (org.) Vulnerabilidade Ambiental: desastres naturais ou fenômenos induzidos? Brasília: MMA, 2007. 192p.

Mapeamento de riscos em encostas e margens de rios. Brasília: Ministério das Cidades; Instituto de Pesquisas Tecnológicas ? IPT, 2007. 176 p. Pinto Junior, O; Pinto, I.C.A. 2008. Relâmpagos. São Paulo: Brasiliense. 95p.

Marcelino, E. V. 2008. Desastres Naturais e Geotecnologias: Conceitos Básicos. Caderno Didático nº 1. INPE/CRS, Santa Maria, 2008 Ministério das Cidades / Instituto de Pesquisas Tecnológicas ? IPT

Maskrey, A. Los desastres no son naturales. Colômbia: Intermediate Technology Development Group, 1993.

Monteiro, JB; Pinheiro, DRC. O desastre natural como fenômeno induzido pela sociedade: abordagens teóricas e metodologias operacionais para identificação/mitigação de desastres naturais. Rev Geografia 2012; 2(1):1-9.

Morse, SS. Biological and chemical terrorism. New York, Technology in Society 2003; 25: 557-563. Morse, SS. Biological and chemical terrorism. Technology in Society 2003; 25(4): 557?563.

Nogueira, P. O terrorismo transnacional e suas implicações no cenário internacional. Brasília, Universitas 2004; 2(2): 221-244.

Okuno, E. Efeitos biológicos das radiações ionizantes. Acidente radiológica de Goiânia. Estudos Avançados 2013; 27(77):185-199.

Organização Mundial da Saúde. Manual de Segurança Biológica em Laboratório. 3aed. Genebra: OMS, 2004. http://www.who.int/csr/resources/publications/biosafety/BisLabManual3rdwebport.pdf

Organización Mundial de la Salud. Organización Panamericana de la Salud. Documento de Posición OPS sobre políticas de Salud en la vivienda. [En línea] La Habana: OPS/OMS; 1999 [fecha de acceso 8 de marzo de 2007] URL disponible en: http://www.cepis.opsoms.org/bvsasv/e/iniciativa/posicion/posicion.html

Park, EK; Tagles, HD. Epidemiología de Desastres Naturales. Rev. Tempus Actas de Saúde Pública 2011; 5(4): 11-18.

Petronilho, EC; Pinto, AC; Villar, JDF. Agentes para Defesa Contra Guerra Química. Revista Virtual de Química 2014; 6(3): 671-686.

Pinto, H.S. 2000. O que fazer durante os temporais: raios, alagamentos, granizo, tornados, vendavais. Campinas: Cepagri/Unicamp. Disponível em: http://www.cpa.unicamp.br/ artigosespeciais/temporais.html. Acesso em 30/06/2009.

Pita, R; Ishimatsu, S; Robles,R. Actuación sanitaria en atentados terroristas con agentes químicos de guerra: más de diez años después de los atentados con sarín en Japón (1a parte). Emergencias 2007; 19: 323-336.

Rambauske, D; Cardoso, TAO; Navarro, MBMA. Bioterrorismo, riscos biológicos e as medidas de biossegurança aplicáveis ao Brasil. Physis (UERJ) 2014; 24(4): 1181-1205.

Saba, L; Navarro, MBMA; Cardoso, TAO. Hospital seguro frente aos desastres: uma reflexão sobre biossegurança e arquitetura. Revista Panamericana de Salud Publica 2012; 31(2): 176-180.

Silva, GR et al. Defesa química: histórico, classificação dos agentes de guerra e ação dos neurotóxicos. Química Nova 2012; 35: 2083-2091.

Silva, L.J. Guerra biológica, bioterrorismo e saúde pública. Cad. Saúde Pública 2001, 17(6): 1519-1523.

Simas, CM; Cardoso, TAO. Biossegurança e Arquitetura em Laboratórios de Saúde Pública. Rev. Pós 2008: 15(24): 108-124.

United Nations Office for Disaster Risk Reduction. 2015 Disasters in Numbers. Geneva: UNISDR, 2015.

United States. Department of the Army. Multi-service Tactics, Techniques, and Procedures for Chemical, Biological, Radiological, and Nuclear Consequence Management Operations [Internet]. United States. Department of the Army. 2015. p. 156. Available from: https://www.hsdl.org/?abstract&did=786536

Van Leuken JPG et al. Atmospheric dispersion modelling of bioaerosols that are pathogenic to humans and livestock ? A review to inform risk assessment studies. Microb Risk Anal 2016;1(1):19?39.

Visscher A De. Air Dispersion Modeling: Foundations and Applications. Canada Research Chair in Air Quality and Pollution Control Engineering, Department of Chemical and Petroleum Engineering, and Centre for Environmental Engineering Research and Education (CEERE), Schulich School of Engineering, University of Calgary; 2014.

World Bank and The United Nations. Natural hazards, unnatural disasters: the economics of effective prevention. Washington: The World Bank: WBG/UN, 2012.

World Health Organization, Pan American Health Organization (OPAS). Índice de Seguridad Hospitalaria: Guía del evaluador de Hospitales Seguros. Washington, D.C, USA. WHO,2008.

World Health Organization. Pan American Health Organization. Guidelines for vulnerability reduction in the design of new health facilities. Washington: WHO/PAHO, 2004.

World Health Organization. Proyecto Esfera. Carta Humanitaria y Normas Mínimas de Respuesta Humanitaria en Casos de Desastre. Genebra: WHO, 2004. https://www.who.int/hac/techguidance/esfera.pdf

Xavier, AM et al. Marcos da história da radioatividade e tendêncas atuais. Quim Nova 2007; 30(1): 83-91.