DETALHES
Disciplina de natureza Teórica de nível Doutorado, com carga horária de 90 horas e 3 créditos.
- Número de vagas:
- 30
- Período:
- 04/07/2022 a 08/07/2022
- Pré-requisitos:
- Sem pré-requisito.
- Área(s) de Concentração: Determinação dos Processos Saúde-Doença: Produção/Trabalho, Território e Direitos Humanos
HORÁRIO
Dia | Início | Fim |
---|---|---|
Todos os dias | 8h30 | 17h |
PROFESSORES
Nome |
---|
Andre Campos Burigo |
Cristiane Coradin |
Jorge Mesquita Huet Machado |
Simone Santos Oliveira |
EMENTA
Neste curso abordaremos aspectos centrais da construção do pensamento feminista decolonial, interseccionalidade de classe, gênero e raça e sua interrelação com os conflitos e injustiças socioambientais. Serão apresentadas referências teórico-metodológicas constitutivas da saúde coletiva para ações de vigilância com foco nos conceitos de território, territorialidades e corpo-território; ecofeminismos e agroecologia; a partir das agências e experiências feministas voltadas à promoção da saúde; colocando em debate sua articulação para a construção de redes de vigilância participativa de base territorial.Categoria: Eletiva - Disciplina de inverno.
Pré-requisito: Não há pré-requisitos.
Informações sobre as aulas: Serão em formato presencial.
Candidatos externos: Serão aceitos Alunos dos Programas de Strictu Sensu da ENSP, Alunos de outros Programas de Strictu Sensu da FIOCRUZ, Alunos de outros Programas de Strictu Sensu, Graduados.
Vagas: No mínimo 5 e no máximo 30 vagas.
A disciplina ofertará 01 vaga para Estágio em Docência. E Não há pré-requisitos.
BIBLIOGRAFIA
ACSELRAD, H; HERCULANO, S.; PÁDUA, J. A. A justiça ambiental e a dinâmica das lutas socioambientais no Brasil - uma introdução. In: ACSELRAD, H.; HERCULANO, S.; PÁDUA, J. A. (Orgs.). Justiça ambiental e cidadania. Rio de Janeiro: Relume- Dumará, 2004. p. 10.ARREAZA, A. L. V. Epidemiologia crítica: por uma práxis teórica do saber agir. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 4, p. 1001-1013, 2012.
BONI, V.; PERON, L.; MARQUES, S. A.; MOHR, N. E. R.; BASTIANI, T. M. de Mulheres camponesas e agroecologia. Editoria CRV, Curitiba, 2017.
BRANDENBURG, A.; FERREIRA, A, D, D. Agricultores ecológicos e o meio ambiente rural: visões interdisciplinares. São Paulo: Annablume. 2012.
BREILH, J. Epidemiologia crítica: ciência emancipadora e interculturalidade. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006. 317p.158
BREILH, J. Epidemiología crítica latinoamericana: raíces, desarrollos recientes y ruptura metodológica. In: MORALES, C.; ESLAVA, J. C. (orgs.) Tras las huellas de la determinación: Memorias del Seminário InterUniversitario de Determinación Social de la Salud. Bogotá: Universidad Nacional de Colombia, 2014.
BREILH, J. Las três ?S? de la determinación de la vida: 10 tesis hacia uma visión crítica de la determinación social de la vida y la salud. In: NOGUEIRA, R. P. (org.). Determinação Social da Saúde e Reforma Sanitária. Rio de Janeiro: CEBES, 2010. p. 87-125.
BURIGO, S.; PORTO, M.F.S. Trajetórias e aproximações entre a saúde coletiva e a agroecologia. SAÚDE DEBATE. Rio de Janeiro, v. 43, n. especial 8, P. 248-262, dez. 2019.
CABNAL, L. Acercamiento a la construcción de la propuesta de pensamiento epistémico de las mujeres indígenas feministas comunitarias de Abya Yala. In: Feminismos diversos: el feminismo comunitário, ACSUR, 2010, p. 11-25.
CABNAL, L. Corps-territoire et territoire-terre: le féminisme communautaire au guatemala. Entretien avec Lorena Cabnal. In: https://www.cairn.inforevue-cahiersdu- genre-2015-2-page-73.htm. Acesso em 20 de set. 2019
CRUZ, D.T.; VÁZQUEZ, E.; RUALES, G.; BAYÓN, M.; GARCÍA-TORRES, M. Mapeando el cuerpo territorio: guia metodológica para mujeres que difienden sus territorios. Autoría Colectiva: Colectivo Miradas Críticas del Territorio desde el Feminismo. Quito, Ecuador, 2017.
CURRIEL, C. O. Hacia la construcción de un feminismo descolonizado. In: MIÑOSO, Y, E; CORREAL, D, G; MUÑOZ, K, O. (org) Tejiendo de otro modo: Feminismo, epistemología y apuestas descoloniales en Abya Yala. Popayán: Editorial Universidad del Cauca, 201. P. 325-335.
FEDERICI, S. O calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Tradução Coletivo Sycorax, São Paulo, 2017.
FIOCRUZ. Sistematização do ciclo de encontros ASA-FIOCRUZ: territórios saudáveis e sustentáveis no semiárido brasileiro. Vigilância popular em saúde em tempos de pandemia. 2021.
GARRAU, M; ‗ LE GOOF, A. Care, justice et dépendence: introdutión aux théories du care. Philosophies. Press Universitaries de France. Paris. 2010.
GILLIGAN, C; HOCHSCHILD, A; TRONTO, J. Contre l?indifférence des privilégies: à quoi sert le care. Payot. Paris; 2013.
HAESBARTH, R. Território e multiterritorialidade: um debate. GEOgraphia - Ano IX - No 17 ? 2007.
HIRATA, H. Gênero, classe e raça. Intersecccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, Revista de Sociologia da USP, v. 26, n. 1. 2014. p.61-73
HORA, K; REZENDE, M; MACEDO, G. (ORG.). Coletânea sobre estudos rurais e gênero. Premio Margarida Alves. 4ed. Mulheres e agroecologia. NEAD ESPECIAL. BRASIL, 2015.
JALIL, L.M.; ESMERALDO, G.G. S.L.; OLIVEIRA, M.S.L. Rede Feminismo e Agroecologia do Nordeste. Rede Feminismo e Agroecologia do Nordeste. Recife. MXM Gráfica e editora. 2017
LAURETIS, T. A tecnologia do gênero (trad. Suzana Funk) In: HOLLANDA, H, B. Tendencias e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rocco, Rio de Janeiro, 1994. p.206-242.
LUGONES, M. Colonialidad y género. Tabula Rasa. Bogotá - Colombia, No.9: 73- 101, jul.-dic. 2008.
LUGONES, M. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, 22(3): 320, setembro-dezembro/2014. P. 935-952.
MIES, M; SHIVA, V. Ecofeminismo. São Paulo: Epistemologia e Sociedade. 1993
MIÑOSO, Y, E; CORREAL, D, G; MUÑOZ, K, O. (org) Tejiendo de otro modo: Feminismo, epistemología y apuestas descoloniales en Abya Yala. Popayán: Editorial Universidad del Cauca, 2014.
NEVES, D.P., MEDEIROS, L. S. Mulheres Camponesas: trabalho produtivo e engajamentos políticos. Niterói. Editora Alternativa, 2013. p.217-236.
OLIVEIRA, S. S.; PORTELLA, S.; KATONA, L. Interseccionalidade e rupturas dos modos de vida pelos rompimentos de barragem: reflexões a partir de uma mídia em aderência. Revista Reccis, 2021 (no prelo).
PAPERMAN, P.; MOLINER, P. Présentation: désenclaver le care?. In: GILLIGAN, C; HOCHSCHILD, A; TRONTO, J. Contre l?indifférence des privilégies: à quoi sert le care. Payot. Paris; 2013. P. 07-34.
PORTO, M. F.; PACHECO, T.; LEROY, J. P. (Orgs.). Injustiça ambiental e saúde no Brasil: o mapa de conflitos. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2013
PORTO, M.F.S; Pode a Vigilância em Saúde ser emancipatória? Um pensamento alternativo de alternativas em tempos de crise. Ciência & Saúde Coletiva, 22(10):3149-3159, 2017.
SANTOS, B. S. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. 2ed. São Paulo: Cortez, 2008.
SANTOS, B.S. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. 3ed. São Paulo: Cortez, 2001.
SEGATO, R. Colonialidad y patriarcado moderno: expansión del frente estatal, modernización, y la vida de las mujeres. In: MIÑOSO, Y, E; CORREAL, D, G; MUÑOZ, K, O. (org) Tejiendo de otro modo: Feminismo, epistemología y apuestas descoloniales en Abya Yala. Popayán: Editorial Universidad del Cauca, 2014. p. 75- 90.
SEGATO, R. Género y colonialidad: en busca de claves de lectura y de un vocabulario estratégico descolonial. In: Bidaseca, K. (Cord.) Feminismos y poscolonialidad: descolonizando el feminismo desde y en América latina. GODOT, 2011.
SILIPRANDI, E. Mulheres e agroecologia: transformando o campo, as florestas e as pessoas. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2015.