Desastres, Vulnerabilidades e Biossegurança (ENSP.90.231.1)

DETALHES

Disciplina de natureza Teórico-prática de nível Mestrado, com carga horária de 90 horas e 3 créditos.

Número de vagas:
20
Período:
01/08/2022 a 14/11/2022
Pré-requisitos:
Sem pré-requisito.
Área(s) de Concentração:
Gestão Socioambiental e Promoção da Saúde

HORÁRIO

Dia Início Fim
Terça-feira 14h 17h

PROFESSORES

Nome
Simone Cynamon Cohen
Telma Abdalla de Oliveira Cardoso

EMENTA

Apresentar e discutir o contexto dos fenômenos naturais e de desastres a partir da relação do homem com a natureza ao longo da história, analisando o conceito de vulnerabilidade, associando a construção de uma mentalidade, de perceber e tratar os grupos sociais e avaliar suas condições de vida, de proteção social e de segurança. Conjuga também a perspectiva interdisciplinar da Biossegurança apontando para orientação das práticas e contextos, abrangendo aspectos ideológicos, subjetivos e culturais em um processo de construção de conhecimento que procura responder aos desafios impostos pelas constantes mudanças no mundo, decorrentes das intervenções humanas sobre a natureza, provocadores de desastres. A disciplina apresenta os conceitos de vulnerabilidade, resiliência, risco, ameaça e perigo; habitat saudável; biossegurança e terrorismo química, biológico e radionuclear. Abordará as estratégias internacionais e nacionais para redução e mitigação dos desastres e o Projeto Esphera da Organização das Nações Unidas. Trará aspectos de organização e gerenciamento dos desastres, da epidemiologia dos desastres, de saneamento em época emergencial, de Hospital Seguro, de manejo de cadáveres e de seus impactos sobre a população e o meio ambiente. A avaliação dos alunos na disciplina é dada pela apresentação de seminário dos alunos onde o aluno faz uma apresentação mostrando a interligação do seu objeto de estudo com um dos temas dados relacionados ao campo dos desastres, vulnerabilidade e biossegurança.

Categoria: Eletiva.

Pré-requisito: Não há pré-requisitos.

Informações sobre as aulas: Serão em formato remoto.

Candidatos externos: Serão aceitos Alunos dos Programas de Strictu Sensu da ENSP, Alunos de outros Programas de Strictu Sensu da FIOCRUZ, Alunos de outros Programas de Strictu Sensu.

Vagas: No mínimo 5 e no máximo 20 vagas.

Observação: Disciplina ofertada conjuntamente com o Programa de Epidemiologia em Saúde Pública.

A disciplina ofertará 01 vaga para Estágio em Docência e os pré-requisitos são Ser aluno de doutorado, Ser aluno de doutorado com bolsa CAPES, Ser aluno de doutorado com qualquer tipo de bolsa.

Docentes colaboradoras: Deborah Chein Bueno de Azevedo, Graziella de Araújo Toledo e Ana Paula Chein Bueno de Azevedo

BIBLIOGRAFIA

Alcántara ? Ayala, I. Geomorphology, natural hazards, vulnerability and prevention of natural disasters in developing countries. Geomorphology 2002; 47 (2-4): 107-124.

Azevedo, DCB et al. Hospital Seguro: contribuições à Resolução da Diretoria Colegiada no 50, de 21 de fevereiro de 2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Vigil. Sanit. Debate 2018; 6(3):80-88.

Bloom DE, Cadarette E D. Infectious Disease Threats in the Twenty-First Century: strengthening the global response. Front. Immunol. 2019; 10:549. doi: 10.3389/fimmu.2019.00549

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso Básico de Controle de Infecção Hospitalar. Caderno C. Métodos de Proteção Anti-Infecciosa. Brasília: MS, 2000. Brasil. Ministério da Saúde. Classificação de Risco dos Agentes Biológicos. Brasília: MS, 2017. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Plano de Contingência para Emergência em Saúde Pública por Agentes Químico, Biológico, Radiológico e Nuclear. Brasil: MS, 2014.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia para investigações de Surtos ou Epidemias. Brasília: MS, 2018.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional pela Doença pelo Coronavirus 2019. Brasília: MS, 2020.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manejo de corpos no contexto do novo coronavirus: COVID-19. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

Cardoso, DR; Cardoso, TAO. Bioterrorismo: dados de uma história recente de riscos e incertezas. Ciênc Saúde Coletiva 2011; 16(1): 821-830.

Cardoso, TAO; Navarro, MBMA; Soares, BEC; Tapajos, AM. Biosseguridade e Biossegurança: aplicabilidades da segurança biológica. Interciência 2008; 33(8): 561-568.

Cardoso, TAO; Costa, FG, Navarro, MBMA. Biossegurança e desastres: conceitos, prevenção, saúde pública e manejo de cadáveres. Physis 2012; 22(4): 1523-1542.

Cardoso, TAO; Navarro, MBMA; Costa Neto, C; Moreira, JC. Health surveillance, biosafety and emergence and re-emergence of infectious diseases in Brazil. Braz J Infect Dis 2010; 14(5): 526-535.

Cardoso, TAO; Vieira, DNP. Bacillus anthracis como ameaça terrorista. Saúde em Debate, 2015; 40(107): 1138-148.

Cardoso, TAO; Vieira, DNP. Study of mortality from infectious diseases in Brazil from 2005 to 2010: risks involved in handling corpses. Ciência & Saúde Coletiva 2016; 21(2): 485-496.

Centers for Disease Control and Prevention. Bioterrorism Overview. Disponível em: http://emergency.cdc.gov/bioterrorism/overview.asp> Acesso em: 27 jun. 2020.

Centre for Research on the Epidemiology of Disasters (CRED). The Human Cost of Natural Disasters 2015. A global perspective. Louvain-la-Neuve: CRED, 2015.

Comisión Económica para América Latina y el Caribe. Vulnerabilidad sociodemográfica: Viejos y nuevos riesgos para comunidades, hogares y personas. Síntesis y conclusiones.Vigésimo período de sesiones. [En línea] Brasilia: CEPAL; 2002. LC/G.2170 (SES.29/16) [fecha de acceso 8 de marzo de 2007]. URL disponible en: http://www.eclac.org/publicaciones/xml/0/9640/DGE2170-SES29-16.pdf

Costa, FG; Flauzino, RF; Navarro. MBMA; Cardoso, TAO. Abrigos temporários em desastres: a experiência de São José do Rio Preto, Brasil. Saúde em Debate 2017; 41(esp): 327-337.

Crane, P; Kinzig, A. Nature makes a difference in the city. Science 2005; 308(5726): 1225.

Dayton-Johson J. Natural Disaster and Vulnerability. OECD Development Centre Policy Brief n. 29, 2006. Disponível em: https://www.oecd.org/dev/37860801.pdf

Dubbeling, M; et al. Building Resilient Cities. Urban Agriculture, 2009; 23(6): 3-10.

Franca Filho, MT; Figueiredo, CHC O terrorismo internacional e o ?lugar? brasileiro. Rev Sist Penal & Violência 2012; 4(1): 22-33.

Gallopin, GC. Linkages between vulnerability, resilience, and adaptive capacity. Global Environmental Change, 2006; 16(3): 293-303.

Government of Canada. Chemical, Biological, Radiological, Nuclear and Explosives Resilience Strategy for Canada [Internet]. 2011. p. 1?17. Available from: https://www.publicsafety.gc.ca/cnt/rsrcs/pblctns/rslnc-strtg/rslnc-strtg-eng.pdf

Intergovernamental Panel of Climate Change (IPCC). Summary for policymakers. In: FIELD, C.B. et al (eds.) Climate Change 2014: Impacts, Adaptation, and Vulnerability. Part A: Global and Sectoral Aspects. Contribution of Working Group II to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. p. 1-32.

IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change. 2007. Climate Changes: The Physical Science Basis. Summary of Policymakers. (http://www.ipcc.ch).

Kobiyama, M; Mendonça, M; Moreno, DA; Marcelino, IPVO; et al. 2006. Prevenção de Desastres Naturais: Conceitos Básicos. Curitiba: Organic Trading. 109 p. Disponível em: http://www.labhidro.ufsc.br/publicacoes.html

Maffra, CQT; Mazzola, N. 2007. As razões dos desastres em território brasileiro. In: Santos, R. F. dos (org.) Vulnerabilidade Ambiental: desastres naturais ou fenômenos induzidos? Brasília: MMA, 2007. 192p.

Marcelino, E. V. 2008. Desastres Naturais e Geotecnologias: Conceitos Básicos. Caderno Didático nº 1. INPE/CRS, Santa Maria, 2008 Ministério das Cidades / Instituto de Pesquisas Tecnológicas ? IPT.

Monteiro, JB; Pinheiro, DRC. O desastre natural como fenômeno induzido pela sociedade: abordagens teóricas e metodologias operacionais para identificação/mitigação de desastres naturais. Rev Geografia 2012; 2(1):1-9.

Organização Mundial da Saúde. Manual de Segurança Biológica em Laboratório. 3aed. Genebra: OMS, 2004.



http://www.who.int/csr/resources/publications/biosafety/BisLabManual3rdwebport.pdf Park, EK; Tagles, HD. Epidemiología de Desastres Naturales. Rev. Tempus Actas de Saúde Pública 2011; 5(4): 11-18.

Pereira, APMF, Rodrigues LAC, Santos EA, Cardoso TAO, Cohen SC. Gestão de eventos QBRN e a utilização do modelo Hysplit: uma revisão integrativa de literatura. Saúde debate 2019, 43(122): 925-938.

Petronilho, EC; Pinto, AC; Villar, JDF. Agentes para Defesa Contra Guerra Química. Revista Virtual de Química 2014; 6(3): 671-686.

Raffagnatto CGomes , Cardoso TAO, Fontes FV, Carpes MM, Cohen SC, Calçada LA. Terrorismo químico: proposta de modelagem de risco envolvendo ricina em eventos de grande visibilidade no Brasil. Saúde debate 2019, 43(spe3): 152-164.

Rambauske, D; Cardoso, TAO; Navarro, MBMA. Bioterrorismo, riscos biológicos e as medidas de biossegurança aplicáveis ao Brasil. Physis (UERJ) 2014; 24(4): 1181-1205.

Saba, L; Navarro, MBMA; Cardoso, TAO. Hospital seguro frente aos desastres: uma reflexão sobre biossegurança e arquitetura. Revista Panamericana de Salud Publica 2012; 31(2): 176-180.

Silva, GR et al. Defesa química: histórico, classificação dos agentes de guerra e ação dos neurotóxicos. Química Nova 2012; 35: 2083-2091.

Simas, CM; Cardoso, TAO. Biossegurança e Arquitetura em Laboratórios de Saúde Pública. Rev. Pós 2008; 15(24): 108-124.

Van Leuken JPG et al. Atmospheric dispersion modelling of bioaerosols that are pathogenic to humans and livestock ? A review to inform risk assessment studies. Microb Risk Anal 2016; 1(1):19?39.

World Bank and The United Nations. Natural hazards, unnatural disasters: the economics of effective prevention. Washington: The World Bank: WBG/UN, 2012.

World Health Organization, Pan American Health Organization (OPAS). Índice de Seguridad Hospitalaria: Guía del evaluador de Hospitales Seguros. Washington, D.C, USA. WHO,2008.

World Health Organization. Pan American Health Organization. Guidelines for vulnerability reduction in the design of new health facilities. Washington: WHO/PAHO, 2004.

World Health Organization. Proyecto Esfera. Carta Humanitaria y Normas Mínimas de Respuesta Humanitaria en Casos de Desastre. Genebra: WHO, 2004. https://www.who.int/hac/techguidance/esfera.pd