Emergências Radiológicas e Nucleares (ENSP.04.801.1)

DETALHES

Disciplina de natureza Teórico-prática de nível Doutorado, com carga horária de 120 horas e 4 créditos.

Número de vagas:
20
Período:
11/05/2021 a 05/10/2021
Pré-requisitos:
Sem pré-requisito.
Área(s) de Concentração:
Determinação dos Processos Saúde-Doença: Produção/Trabalho, Território e Direitos Humanos

HORÁRIO

Dia Início Fim
Terça-feira 13:00 16:00

PROFESSORES

Nome
Simone Cynamon Cohen
Telma Abdalla de Oliveira Cardoso

EMENTA

A utilização de práticas envolvendo o uso de radiações ionizantes na medicina, na indústria, na agricultura e na pesquisa aumenta a cada dia no mundo. Esse aumento traz consigo o incremento da probabilidade de ocorrência de situações de acidentes e de emergências, com possíveis consequências para a saúde pública e meio ambiente. Além disso, por serem pouco frequentes, essas situações têm grande apelo social, político e científico. As organizações responsáveis pelo gerenciamento de emergências reconhecem que um adequado grau de preparação prévia aumenta consideravelmente a chance de sucesso da resposta à emergência. Outro ponto importante é a natureza interdisciplinar e insterinstitucional da resposta a uma emergência radionuclear, que exige ação conjunta e continuada de várias organizações, públicas e privadas, nos níveis municipal, estadual e federal. A disciplina apresenta os conceitos de radiação, energia nuclear e suas aplicações, efeitos biológicos da radiação, funcionamento das usinas nucleares e tipos de reatores, grandes acidentes, terrorismo radionuclear e comportamento humano frente aos desastres. Abordará as estratégias internacionais e nacionais para redução e mitigação dos desastres radionucleares, além de abordar a evolução da história nuclear brasileira com ênfase nas estratégias de produção de ações em biossegurança e de proteção da população. Trará aspectos da elaboração e implementação de planos de emergência e de sistemas de alerta e alarme para emergência nuclear.

Categoria: Eletiva

Pré-requisito: Não há.

Informações sobre as aulas: Serão semanais, em formato remoto, pelo google aplicativo Google Meet.

Candidatos externos: Serão aceitos alunos dos Programas de SS da ENSP, Alunos de outros Programas de SS da FIOCRUZ, Alunos de outros Programas de SS, Graduados.

Vagas: Mínimo 05 e máximo 20.

Observação: Disciplina ofertada conjuntamente com o Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente.

A disciplina ofertará 01 vaga para Estágio em Docência e não há pré-requisitos.

BIBLIOGRAFIA

Aakko E. Risk communication, risk perception and public health. WMJ 2004; 103(1): 25-7. Baverstock K, Williams D. O acidente de Chernobyl 20 anos depois: avaliação das consequências e resposta internacional. Ciênc. Saúde Coletiva 2007; 12(3):689-98.

Becker MT. Emergency communication and information issues in terrorist events involving radioactive materials. Biosecur Bioterror 2004; 2(3):195-203.

Brasil. Ministério da Integração Nacional. Secretaria Nacional de Defesa Civil. Sistema de Comando em Operações. Florianópolis: UFSC; 2010.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Plano de Contingência para Emergência em Saúde Pública por Agentes Químico, Biológico, Radiológico e Nuclear. Brasil: MS, 2014.

Brasil. Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. Comissão Nacional de Energia Nuclear. Norma Nuclear CNEN NN 3.01. Diretrizes básicas de proteção radiológica. 2005.

Brasil. Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. Comissão Nacional de Energia Nuclear. Radioproteção e Dosimetria: fundamentos. Rio de Janeiro, 2014. [acesso em 2020 dez 28]. Disponível em: http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/documentos/FundamentosCORv10.pdf Brasil. Presidência da República. Lei n012.731, de 21 de novembro de 2012. Institui o Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro - SIPRON e revoga o Decreto Lei no 1.809, de 7 de outubro de 1980. Diário Oficial da União 22 nov 2012; Seção 1, p.1.

Brasil. Secretaria de Assuntos Estratégicos. Portaria n0 27, de 27 de março de 1997. Aprova a norma geral que dispõe sobre a instalação e o funcionamento dos centros encarregados da resposta a uma situação de emergência nuclear. Diário Oficial da União 31 mar 1997; n060, seção 1, p.6121-24.

Collins DL, Baum A, Singer JE. Coping with chronic stress at Three Mile Island: psychological and biochemical evidence. Health Psychology 1983; 2(2):149-66.

Curado MP. The communication of radiological risk to populations exposed to a radiological accident: considerations concerning the accident in Goiânia. Radiat Prot Dosim 1996; 68(3-4):283?6.

Fisher A. Risk Communication Challenges. Risk Anal 1991; 11(2): 173-9.

Ha-Duong M, Journé V. Calculating nuclear accident probabilities from empirical frequencies. Environment Systems and Decisions 2014; 34 (2):249-58.

Imanaka T, Hayashi G, Endo S. Comparison of the accident process, radioactivity release and ground contamination between Chernobyl and Fukushima-1. J Radiat Res 2015; 56 (Suppl 1): i56?61.

International Atomic Energy Agency. IAEA TECDOC n0 955. Generic assessment procedures for determining protective actions during a reactor accident. Vienna: IAEA, 1997. [acesso em 2020 dez 28]. Disponível em: https://www-pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/te_955_prn.pdf International Atomic Energy Agency. INSAG-7. The Chernobyl Accident: updating of INSAG-1.

A report by the international nuclear safety advisory group. Safety Series n0 75-INSAG-7. Vienna: IAEA; 1992. [acesso em 2020 dez 28]. Disponível em: https://www-pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/Pub913e_web.pdf

International Atomic Energy Agency. Radiological accident in Goiania. Vienna: IAEA; 1988. [acesso em 2020 dez 28]. Disponível em: https://www-pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/Pub815_web.pdf

Lipscy, P, Kushida, K, Incerti T. The Fukushima disaster and Japan?s nuclear plant vulnerability in comparative perspective. Environ Sci Technol 2013; 47 (12):6082-8.

Palestino CSF, Dias FP. Aspectos sociais dos vinte anos desde o acidente radiológico com césio-137. In: Helou, S. editor. Césio-137: consequências psicossociais do acidente de Goiânia. 2. ed. Goiânia: UFG; 2014. p.120-33. [acesso em 2020 dez 28]. Disponível em: https://www.saude.go.gov.br/images/imagens_migradas/2016/12/cesio-137-consequencias-psicossociais-do-acidente-de-goiania.pdf

Santos MTR, Silva MVC, Cardoso TAO. Sistema de Comando de Incidentes e Comunicação de Risco: reflexões a partir das emergências nucleares. Saúde em Debate 44(esp.2): 84-93, 2020.

Suwignjo P, Bititci US, Carrie AS. Quantitative models for performance measurement system. International Journal of Production Economics 2000; 64(1-3): 231-241.

Tronea, M, Ciurea,C. Nuclear safety culture attributes and lessons to be learned from past accidents. Intern Nuclear Safety J. 2014; 3(3):1-7.

US Nuclear Regulatory Commission. Lessons learned from the Three Mile Island-Unit 2. Advisory Panel. NUREG/CR-6252. Washington: NRC; 1994. [acesso em 2019 mar 08]. Disponível em: https://tmi2kml.inl.gov/Documents/2c-L2-NUREG/NUREGCR-6252,%20Lessons%20Learned%20from%20the%20TMI-2%20Advisory%20Panel%20(1994-08).pdf

Wrobel PS. Brazil, the Non-Proliferation Treaty and Latin America as a Nuclear Weapon-Free Zone. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2017.