Tópicos em Saúde Pública II: Determinação Social e Equidade em Saúde (ENSP.80.128.1)

DETALHES

Disciplina de natureza Teórica de nível Mestrado, com carga horária de 60 horas e 2 créditos.

Número de vagas:
20
Período:
03/05/2022 a 28/06/2022
Pré-requisitos:
Tópicos em Saúde Pública
Área(s) de Concentração:
Métodos Quantitativos em Epidemiologia , Epidemiologia Geral , Epidemiologia, Etnicidade e Saúde , Epidemiologia das Doenças Transmissíveis

HORÁRIO

Dia Início Fim
Terça-feira 13h30 17h

PROFESSORES

Nome
Carlos Everaldo Alvares Coimbra Junior
James Robert Welch
Ricardo Ventura Santos

EMENTA

Apesar dos importantes avanços na melhoria dos principais indicadores de saúde nas últimas décadas, o Brasil permanece dentre os países que apresentam maiores iniquidades em saúde, ou seja, desigualdades de saúde entre grupos populacionais marcadamente injustas, desnecessárias e evitáveis. O objetivo dessa disciplina é apresentar e discutir perspectivas relacionadas aos ?determinantes sociais? da saúde e temas relacionados. A partir da leitura e análise de estudos realizados no Brasil e em outros países do mundo, visa-se uma perspectiva comparativa e teoricamente informada sobre temas correntes nos debates sobre determinação social e equidade em saúde.

Categoria: Obrigatória para o curso de mestrado, 3º semestre de curso. Eletiva para as demais turmas em curso.

Pré-requisito: Noções de inglês.

Informações sobre as aulas: Serão em formato remoto, pelo aplicativo Zoom.

Candidatos externos: Serão aceitos Alunos dos Programas de SS da ENSP, Alunos de outros Programas de SS da FIOCRUZ, Alunos de outros Programas de SS.

Vagas: Mínimo 05 e máximo 20.

A disciplina não ofertará vaga para Estágio em Docência.

BIBLIOGRAFIA

Almeida-Filho N. Modelos de determinação social das doenças crônicas não-transmissíveis. Ciência & Saúde Coletiva 9:865?84; 2004. https://doi.org/10.1590/S1413-81232004000400009. Barata, RB. Como e Por Que As Desigualdades Sociais Fazem Mal à Saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2009. http://books.scielo.org/id/48z26.

Barreto, M.O. Papel da epidemiologia no desenvolvimento do Sistema Único de Saúde no Brasil: histórico, fundamentos e perspectivas. Revista Brasileira de Epidemiologia, 5(supl.1): 4-17, 2002. https://www.scielo.br/j/rbepid/a/cjBT3TzbMGcJcZzmP4ny6Tw/?lang=pt&format=pdf Barreto, M.O. Desigualdades em saúde: uma perspectiva global. Ciência & Saúde Coletiva, 22:2097-2108, 2017. https://doi.org/10.1590/1413-81232017227.02742017

Bastos, J.L.; Faerstein E. Discriminação e Saúde: Perspectivas e Métodos. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2012.

Bauer, GR et al. Intersectionality in quantitative research: A systematic review of its emergence and applications of theory and methods. SSM-Population Health, 14:100798, 2021. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352827321000732

Bhopal, RS. Ethnicity, Race, and Health in multicultural Societies: Foundations for Better Epidemiology, Public Health, and Health Care. Oxford: Oxford University Press, 2007 [capítulos 1 e 3].

Bottomley G. Identification: Ethnicity, gender and culture. Journal of Intercultural Studies, 18:1, 41-48, 1997, https://10.1080/07256868.1997.9963440

Broussard KA, Warner RH, Pope RDA. Too Many Boxes, or Not Enough? Preferences for How We Ask About Gender in Cisgender, LGB, and Gender-Diverse Samples. Sex Roles, 78:9-10, 606-624, 2017, https://10.1007/s11199-017-0823-2

Buss, PM; Pellegrini Filho, A. A saúde e seus determinantes sociais. Physis: Revista de Saúde Coletiva 17:77?93, 2007. https://doi.org/10.1590/S0103-73312007000100006

Buss, P.M. et al. Promoção da saúde e qualidade de vida: uma perspectiva histórica ao longo dos últimos 40 anos (1980-2020). Ciência & Saúde Coletiva, 25:4723-4735, 2020. https://doi.org/10.1590/1413-812320202512.15902020.

Collins, PH. Intersectionality's definitional dilemmas. Annual Review of Sociology, 41:1?20, 2015. https://doi.org/10.1146/annurev-soc-073014-112142.

Constante, HM et al. Mapping the margins in health services research: How does race intersect with gender and socioeconomic status to shape difficulty accessing health care among unequal Brazilian States? International Journal of Health Services, 51(2):155-166, 2020.

Cueto, M. Saúde Global: Uma Breve História. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2015.

Eriksen TH. Small Places, Large Issues: Introduction to Social and Cultural Anthropology. London: Pluto Press, 1995. [capítulo 17: ?Ethnicity?, pp. 329-344]

Gracey, M; King, M. Indigenous health Part 1: Determinants and disease patterns. The Lancet, 374 (9683): 65?75, 2009. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(09)60914-4.

Guimarães ASA. Colour and race in Brazil: From whitening to the search for Afro-Descent. Proceedings of the British Academy, 179:17-34, 2012.

Harnois CE & Bastos JL. Discrimination, harassment, and gendered health inequalities: Do perceptions of workplace mistreatment contribute to the gender gap in self-reported health? Journal of Health and Social Behavior, 59(2):283-299, 2018.

Kabad, J. et al. Raça, cor e etnia em estudos epidemiológicos sobre populações brasileiras: revisão sistemática na base PubMed. Physis, 22:895-918, 2012. https://doi.org/10.1590/S0103-73312012000300004

Kronemberger, DMP. Os desafios da construção dos indicadores ODS globais. Ciência e Cultura, 71:40-45, 2019. https://dx.doi.org/10.21800/2317-66602019000100012

Laguardia, J. O uso da variável raça na pesquisa em saúde. Physis, 14:197-234, 2004. https://doi.org/10.1590/S0103-73312004000200003

Muniz, JO; Bastos JL. Volatilidade classificatória e a (in)consistência da desigualdade racial. Cadernos de Saúde Pública, 33(Sup.1):e00082816, 2017. https://doi.org/10.1590/0102-311X00082816

Nações Unidas Brasil. Sobre o Nosso Trabalho para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil. https://brasil.un.org/pt-br/sdgs (acessado em 5 de julho de 2021).

Nazroo, JY; Williams, DR The social determinants of ethnic/ racial inequalities in health. In: Marmot, M & Wilkinson, RG (Orgs.). Social Determinants of Health. 2a. Edição. Oxford: Oxford University Press, 2008. Pp. 238-266.

Schucman, LV. A relação entre branquitude e privilégio. Ciência Hoje, 370:17-22, 2020. https://cienciahoje.org.br/artigo/a-relacao-entre-branquitude-e-privilegio/

Susser, M & Stein, Z. Eras in Epidemiology. Oxford: Oxford University Press, 2009.

Trostle, J. Early work in anthropology and epidemiology: from social medicine to the germ theory, 1840 to 1920. In: Janes, Graig R. et al. (Orgs.). Anthropology and Epidemiology. Dorchester: R.Reidel Publishing Company, 1986a, Pp. 35-57.

Trostle, J. Anthropology and epidemiology in the twentieth century: a selective history of collaborative projects and theorical affinities. In: Janes, Graig R. et al. (Orgs.). Anthropology and Epidemiology. Dorchester: R.Reidel Publishing Company, 1986b, Pp. 59-96.

United Nations. Sustainable Development Goals. https://www.un.org/sustainabledevelopment/ (acessado em 5 de julho de 2021).

Victora C et al. Epidemiologia da Desigualdade: Quatro Décadas de Coortes de Nascimentos. Rio de Janeiro: Abrasco, 2019.

Vieira-da-Silva, L & Almeida Filho, N. Eqüidade em saúde: uma análise crítica de conceitos. Cadernos de Saúde Pública, 25 (sup.2): s217-s226, 2009. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009001400004

Wilkinson, R e Marmot M, eds. 2003. Social Determinants of Health: The Solid Facts. 2nd ed. Copenhagen: World Health Organization.

http://www.euro.who.int/en/publications/abstracts/social-determinants-of-health.-the-solid-facts. Zinn MB & Dill BT: Theorizing difference from multiracial feminism. Feminist Studies, 22(2): 321-331, 1996.